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COM CORAÇÃO DE PAI

 


            Com essas palavras “com coração de Pai”, o Papa Francisco começa a sua carta apostólica comemorativa dos 150 anos da declaração de São José como Padroeiro universal da Igreja. Como celebramos a sua festa no dia 19 deste mês, todo o mês de março é a ele dedicado.

“Com coração de pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como ‘o filho de José’. Os dois evangelistas que puseram em relevo a sua figura, Mateus e Lucas, narram pouco, mas o suficiente para fazer compreender o gênero de pai que era e a missão que a Providência lhe confiou”.

“Sabemos que era um humilde carpinteiro, desposado com Maria; um ‘homem justo’, sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei e através de quatro sonhos. Depois duma viagem longa e cansativa de Nazaré a Belém, viu o Messias nascer num estábulo, ‘por não haver lugar para eles’ em outro local. Foi testemunha da adoração dos pastores e dos Magos, que representavam respetivamente o povo de Israel e os povos pagãos”.

“Teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, a quem deu o nome revelado pelo anjo: dar-Lhe-ás ‘o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados’. Entre os povos antigos, como se sabe, dar o nome a uma pessoa ou a uma coisa significava conseguir um título de pertença, como fez Adão na narração do Génesis (cf. 2, 19-20)”.

“No Templo, quarenta dias depois do nascimento, José – juntamente com a mãe – ofereceu o Menino ao Senhor e ouviu, surpreendido, a profecia que Simeão fez a respeito de Jesus e Maria. Para defender Jesus de Herodes, residiu como forasteiro no Egito. Regressado à pátria, viveu no recôndito da pequena e ignorada cidade de Nazaré, na Galileia – donde (dizia-se) ‘não sairá nenhum profeta’ (Jo 7, 52), nem ‘poderá vir alguma coisa boa’ (Jo 1, 46) –, longe de Belém, a sua cidade natal, e de Jerusalém, onde se erguia o Templo. Foi precisamente durante uma peregrinação a Jerusalém que perderam Jesus (tinha ele doze anos) e José e Maria, angustiados, andaram à sua procura, acabando por encontrá-Lo três dias mais tarde no Templo discutindo com os doutores da Lei”.

“Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o ‘Padroeiro da Igreja Católica’, o Venerável Pio XII apresentou-o como ‘Padroeiro dos operários’; e São João Paulo II, como ‘Guardião do Redentor’. O povo invoca-o como ‘padroeiro da boa morte’.

Que São José proteja todas as nossas famílias, dê força e coragem aos trabalhadores, ajude-nos a termos uma boa e santa morte, ensine-nos o amor por Jesus e Maria, encoraje as almas consagradas a viverem no recolhimento, dê-nos o amor ao silêncio e à oração, e a todos a sempre fazermos a vontade de Deus. 

                

                                                                  *Bispo da Administração Apostólica Pessoal

                                                                   São João Maria Vianney

                                                                   htpp://domfernandorifan.blogspot.com.br/

 

 

 

 

HOMENAGEM À MULHER

 

                                                    

            Dia 8 próximo, comemora-se o dia internacional da mulher. Como todos os anos, a elas prestamos nossa homenagem, por sua grande dignidade e valor diante de Deus e dos homens. A todas a mulheres, o nosso respeito e a nossa imensa gratidão.

Recordamos que foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era um fenômeno raro. Galeno, médico grego do século II, ficava impressionado com a retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do matrimônio.

Mas, “a igualdade de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).   

As mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental”).

Infelizmente hoje, e a Campanha da Fraternidade vem nos advertir para isso, a dignidade da mulher nem sempre é reconhecida, sendo ela objeto de agressões. No mês passado, o Papa Francisco fez o seu pedido ao mundo para que rezássemos pelas mulheres que sofrem diversas formas de maus-tratos. O forte apelo do Pontífice é contra os diferentes tipos de violência que têm gerado um “número impressionante” de mulheres “espancadas, ofendidas e violadas”. Diante desse tipo de “covardia e degradação para toda a humanidade”, Francisco pede que elas sejam protegidas pela sociedade e que os sofrimentos das vítimas, através do “grito de socorro”, sejam escutados. “Hoje, ainda existem mulheres que sofrem violência. Violência psicológica, violência verbal, violência física, violência sexual. O número de mulheres espancadas, ofendidas e violadas é impressionante. As diversas formas de maus-tratos que muitas mulheres sofrem são uma covardia e uma degradação para toda a humanidade. Para os homens e para toda humanidade. Os testemunhos das vítimas que se atrevem a quebrar o silêncio são um grito de socorro que não podemos ignorar. Não podemos olhar para o outro lado. Rezemos pelas mulheres que são vítimas de violência, para que sejam protegidas pela sociedade e o seu sofrimento seja considerado e escutado por todos”, disse o Papa.

                                        

                                                                  *Bispo da Administração Apostólica  Pessoal

                                                                   São João Maria Vianney

                                                                   htp://domfernandorifan.blogspot.com.br/

 

 

A MULHER, CORAÇÃO DA FAMÍLIA

              Domingo próximo, dia 8, será o dia internacional da mulher, razão de falarmos da dignidade especial daquela que é o coração da família. Sua dignidade há que ser ressaltada, pois a crise atual da família atinge especialmente a mulher. “Na nossa época, o matrimônio e a família estão em crise. Vivemos numa cultura do provisório, na qual cada vez mais pessoas renunciam ao matrimônio como compromisso público. Esta revolução nos costumes e na moral agitou com frequência a ‘bandeira da liberdade’, mas na realidade trouxe devastação espiritual e material a numerosos seres humanos, de maneira especial aos mais vulneráveis. É cada vez mais evidente que o declínio da cultura do matrimônio está associado a um aumento de pobreza e a uma série de numerosos outros problemas sociais que atingem em medida desproporcional as mulheres, as crianças e os idosos. E são sempre eles quem mais sofre nesta crise” (Papa Francisco, Discurso aos participantes no encontro internacional sobre a complementaridade entre homem e a mulher, 17/11/2014).
Foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era um fenômeno raro. Galeno, o médico grego do século II, ficava impressionado com a retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do matrimônio.
            O cristianismo estendeu o conceito de adultério também à infidelidade do marido, pois no mundo antigo ele só se limitava à infidelidade da esposa. O cristianismo santificou o matrimônio, elevando-o à ordem de sacramento, proibindo o divórcio, que prejudica, sobretudo, a mulher. O cristianismo, ao contrário da mentalidade machista, iguala o pecado do homem e da mulher: o sexto e o nono mandamentos valem igualmente para os dois.
            As mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental”).
           O homem e a mulher são seres humanos, em grau igual, ambos criados à imagem de Deus. Mas, “a igualdade de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).