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PEREGRINAÇÃO EM ROMA

          Estou em Roma, “cidade eterna”, para acompanhar a Peregrinação internacional Summorum Pontificum, da qual fui convidado para celebrar a Missa Solene Pontifical de encerramento, na Basílica de Santa Maria sopra Minerva, no próximo domingo, dia 27. Hoje, quarta-feira, estarei presente na audiência do Santo Padre, o Papa Francisco, na Praça de São Pedro. Além de cumprimentar pessoalmente o Papa, dele receberei a bênção especial para todos os que me são caros, entre os quais incluo os meus leitores.
            Um dos pontos altos dessa peregrinação será a Missa celebrada na Basílica de São Pedro, no sábado, dia 26, pelo Cardeal Dom Dario Castrillón Hoyos, o mesmo que, em nome do Papa, erigiu a nossa Administração Apostólica e presidiu a minha ordenação episcopal.
            Haverá também uma Missa Pontifical celebrada por Dom Athanasius Schneider, Bispo auxiliar de Astana, no Cazaquistão, além de muitos outros atos religiosos, tais como Vésperas solenes, oficiada por Dom Guido Pozzo, secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, um encontro sacerdotal com Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a promoção da nova Evangelização, Via Sacra sobre a colina do Palatino e adoração eucarística na Chiesa Nuova.
            Todas as Missas dessa peregrinação serão celebradas na forma antiga do Rito Romano, pois essa romaria é dirigida aos sacerdotes e fiéis ligados a essa forma litúrgica, que foi concedida a toda a Igreja pelo Papa Bento XVI, com o motu próprio Summorum Pontificum, daí o nome da Peregrinação.
A antiga forma da Liturgia Romana, chamada também forma extraordinária, é uma das riquezas litúrgicas católicas e foi usada por muitos santos por vários séculos. É conservada por muitas congregações religiosas, paróquias, grupos e milhares de fiéis em todo o mundo; no Brasil, são mais de 100 lugares onde se conserva essa Liturgia, com a devida permissão dos Bispos locais, como deve sempre ser. Como todos sabem, nós também a conservamos em nossa Administração Apostólica, por faculdade a nós concedida pela Santa Sé, por apreciar essa beleza litúrgica, clara expressão católica dos dogmas eucarísticos. E a Santa Sé reconhece essa nossa sensibilidade e adesão como perfeitamente legítimas. Assim se expressara o então Cardeal Ratzinger: “Se bem que haja numerosos motivos que possam ter levado um grande número de fiéis a encontrar refúgio na liturgia tradicional, o mais importante dentre eles é que eles aí encontram preservada a dignidade do sagrado” (Conferência aos Bispos chilenos, Santiago, 13/7/1988). A nossa presença nessa peregrinação significa o nosso apoio a esses católicos de todo o mundo e, ao mesmo tempo, tem a finalidade de mostrar-lhes a correta posição de conservar a liturgia tradicional em perfeita comunhão com o Santo Padre, o Papa, e com toda a Igreja. Assim, desse modo bem compreendida, a Missa na forma antiga contribui grandemente para a correta “ars celebrandi” e para a “paz litúrgica” na Igreja, como desejava Bento XVI.


SEMANA MISSIONÁRIA

             Como preparação para a Jornada Mundial da Juventude na próxima semana no Rio de Janeiro, promove-se em todas as dioceses do Brasil a Semana Missionária, quando os peregrinos de diversas partes do mundo são recebidos e se unem aos jovens locais para já entrarem no clima dessa grande romaria. “Rezemos então por esta grande peregrinação que começa, para que Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, guie os passos dos participantes e abra os seus corações para acolher a missão que Cristo dará a eles” (Papa Francisco).
            Aqui, em Campos, estamos recebendo para esta Semana Missionária 200 peregrinos de vários países: Costa Rica, Espanha, Alemanha, Venezuela, Índia, México e República do Congo, que aqui vieram, aproveitando sua ida para a JMJ, para conhecer a nossa terra, seus costumes, sua gente e sua catolicidade, e se preparar com os nossos jovens para o grande encontro com o Papa no Rio de Janeiro. É uma excelente oportunidade de nos irmanarmos no mesmo amor cristão sem fronteiras e no mesmo ideal de uma juventude cheia de esperança. Todos esses jovens são muito bem-vindos entre nós. Que eles se sintam em casa, sabendo que nos une o mesmo amor e o mesmo entusiasmo por uma juventude sadia e um mundo cristão.
            “A dimensão da ‘peregrinação’ faz parte do espírito da JMJ. Eis que estamos às portas, e jovens do mundo inteiro estarão acorrendo ao “Santuário Mundial da Juventude” para o encontro com Cristo juntamente com o primeiro peregrino, o sucessor do Apóstolo Pedro, o Papa Francisco, em sua primeira viagem apostólica. Os jovens não virão à nossa cidade como turistas, mas sim como peregrinos que buscam um encontro amoroso com Cristo Ressuscitado. Este é o espírito da Jornada. Todas as vezes que nós vamos peregrinar devemos nos preparar espiritualmente. Precisamos fazer um exame de consciência completo de nossa vida cristã, de nossa pertença às comunidades e de nossa adesão ao Evangelho. Somos chamados a nos arrepender de nossos pecados, procurando deixar de lado tudo aquilo que nos afasta de Deus e da Santa Igreja. Como eu sigo Jesus Cristo? Como eu vivo o Evangelho? Esta deve ser a nossa preocupação fundamental nesse itinerário espiritual tanto para os que chegam como para os que acolhem os jovens aqui no ‘Santuário Mundial da Juventude’.”

Todo ser humano é por natureza um peregrino. Esta característica exprime-se, quer na viagem existencial de cada pessoa, quer nas múltiplas viagens que ela realiza pelas estradas da vida. Um dos motivos para a essa viagem é a fé. O homem põe-se a caminho, à procura de Deus ou atraído para o encontro com Ele. As peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu. São tradicionalmente tempos fortes para renovar nossa oração. Ao virem como peregrinos ao Rio de Janeiro, a caminhada é para que o encontro com o Senhor os faça viver como discípulos à ‘luz da fé’, que os leva a retornar para suas casas como animados missionários: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações!’ (cf. Mt 28, 19)” (Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro).