Teve início com o dia dos pais, a Semana
Nacional da Família, de 10 a 16 de agosto. O tema deste ano é “A espiritualidade cristã na família: um
casamento que dá certo”. “São
gestos de espiritualidade que podem fazer a grande diferença na convivência dos
esposos, no crescimento dos filhos na fé, na renovação da alegria pelo amor que
se renova no dia a dia pelo dom da graça de Deus”, explica Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari (BA) e presidente da
Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB.
A
Igreja sempre deu enorme importância à família, tratando-a como “Igreja
doméstica e santuário da fé, para nos introduzir na inteligência e na vida da
fé” (C.I.C. n.171). da vida”, porque ambas nos transmitem a Fé: “tal como uma
mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar,
a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem
“A
família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira
vez os valores que os guiarão durante toda a vida”, dizia São João Paulo II.
O Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha,
afirmou que “esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e
cujo valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para
que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”.
Naquele
memorável encontro mundial das famílias, refletiu-se no tema “a transmissão da
Fé na família”. “Nenhum homem se deu o ser a si mesmo nem adquiriu sozinho os
conhecimentos elementares da vida. Todos recebemos de outros a vida e as
verdades básicas para ela, e estamos chamados a alcançar a perfeição em relação
e comunhão amorosa com os demais. A família, fundada no matrimônio indissolúvel
entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão relacional, filial e
comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode nascer com dignidade, crescer e
desenvolver-se de maneira integral”. E o Papa emérito corroborava seu
ensinamento com os exemplos bíblicos de Ester e de São Paulo: “Ester confessa:
‘No seio da família, ouvi desde criança, Senhor, escolheste Israel entre todos
os povos’ (4, 16). Paulo segue a tradição dos seus antepassados judeus
prestando culto a Deus com consciência pura. Louva a fé sincera de Timóteo e
recorda-lhe: ‘a tua fé, que se encontrava já na tua avó, Loide, e na tua mãe
Eunice e que, estou seguro, se encontre também em ti’ (2 Tm 1, 5).
Nestes testemunhos bíblicos a família compreende não só pais e filhos, mas
também avós e antepassados. Assim, a família se nos apresenta como uma
comunidade de gerações e garantia de um patrimônio de tradições”.
E o Papa Francisco nos recorda o quanto “é importante que os
pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o
amadurecimento da fé dos filhos” (Carta Enc. Lumem Fidei,
53). E nos ensinou a rezar assim: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas
famílias lugares de comunhão e cenáculos
de oração, escolas autênticas do
Evangelho e pequenas Igrejas domésticas”.