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A CRUZ E AS CRUZES

Estamos na Semana Santa, a mais importante do ano litúrgico, memória dos últimos acontecimentos da vida de Jesus, sua Paixão, Morte na Cruz e sua Ressurreição, a nossa Páscoa. 

Nesses últimos tempos, em que todos temos sofrido por diversos modos, vale a pena refletir sobre o valor do sofrimento, inerente à nossa condição humana, preço da nossa finitude e, também, dos nossos pecados. Teremos uma luz especial contemplando o Calvário, teatro dos sofrimentos de Cristo, que abraçou a sua cruz por amor, exemplo de como devemos aceitar a nossa cruz e os nossos sofrimentos, por amor a Ele e ao nosso próximo.

No Calvário, havia três cruzes, porque Jesus foi crucificado entre dois ladrões (Mt 27, 38), para, como queriam seus inimigos, sua maior humilhação, cumprindo assim a profecia de Isaías (Is 53,12): “Ele foi contado entre os criminosos” (Lc 22,37).

Um dos ladrões crucificados com Jesus, Gestas, blasfemava contra Deus e injuriava a Jesus. Revoltado, não aceitou a sua cruz. E assim terminou muito mal os seus dias. 

O outro ladrão, também crucificado, Dimas, repreendeu o seu companheiro: “‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena? Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino’. Ele lhe respondeu: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso’” (Lc 23 39-43). 

Duas cruzes iguais, mas recebidas de modo diferente: um, revoltado; o outro, conformado, penitente, humilde: por isso ganhou o perdão de Jesus. Que maravilha essa misericórdia e esse perdão de Jesus! Esse ladrão, que agonizou e morreu ao seu lado, no Calvário, não era um dos seus amigos. Não viveu com Jesus, nem sequer o conhecia. Conheceu-o no julgamento, quando o viu flagelado e coroado de espinhos, proclamando que era Rei e que tinha um reino. E teve a coragem e a humildade de pedir, no Reino de Jesus, um lugar, que a sua misericórdia não teve coragem de lhe negar. Jesus demonstra aqui o que é o amor, a misericórdia e o perdão. Ele pediu uma lembrança e recebeu de Jesus a promessa do Paraíso. Que valor tem a oração acompanhada do sofrimento! Foi o primeiro santo canonizado em vida, por Jesus: São Dimas, o bom ladrão!

Na cruz onde pagava seus crimes, o Bom Ladrão praticou todas as virtudes: a Fé, reconhecendo em Jesus o Rei Messias, a humildade, confessando os próprios pecados que lhe fizeram merecer a morte de cruz, a caridade e o apostolado para com o outro ladrão, dando-lhe bons conselhos, a paciência e a oração, pedindo a Jesus que se lembrasse dele. 

Mas a Cruz mais importante do Calvário é a de Jesus: nela nós encontramos todas as lições: “A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte” (Bento XVI, Porta Fidei, 13). 

Feliz Páscoa para todos, com a vitória de Jesus Ressuscitado!   


                            


AS TRÊS CRUZES


        Estamos na Semana Santa, a mais importante do ano litúrgico, memória dos últimos acontecimentos da vida de Jesus, sua Paixão, Morte na Cruz e sua Ressurreição, a nossa Páscoa.
            Nesse tempo de pandemia e de quarentena das pessoas, como preservação para esse mal, vale a pena refletir sobre o valor do sofrimento, inerente à nossa condição humana, preço da nossa finitude e, também, dos nossos pecados. Teremos uma luz especial contemplando o Calvário, teatro dos sofrimentos de Cristo, que abraçou a sua cruz por amor, exemplo de como devemos aceitar a nossa cruz e os nossos sofrimentos, por amor a Ele e ao nosso próximo.
            No Calvário, havia três cruzes, porque Jesus foi crucificado entre dois ladrões (Mt 27, 38), para, como queriam seus inimigos, sua maior humilhação, cumprindo assim a profecia de Isaías  (Is 53,12): “Ele foi contado entre os criminosos” (Lc 22,37).
            Um dos ladrões crucificados com Jesus, Gestas, blasfemava contra Deus e injuriava a Jesus. Revoltado, não aceitou a sua cruz. E assim terminou muito mal os seus dias.
            O outro ladrão, também crucificado, Dimas, repreendeu o seu companheiro: “‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena? Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino’. Ele lhe respondeu: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso’” (Lc 23 39-43).
            Duas cruzes iguais, mas recebidas de modo diferente: um, revoltado; o outro, conformado, penitente, humilde: por isso ganhou o perdão de Jesus. Que maravilha essa misericórdia e esse perdão de Jesus! Esse ladrão, que agonizou e morreu ao seu lado, no Calvário, não era um dos seus amigos. Não viveu com Jesus, nem sequer o conhecia. Conheceu-o no julgamento, quando o viu flagelado e coroado de espinhos, proclamando que era Rei e que tinha um reino. E teve a coragem e a humildade de pedir, no Reino de Jesus, um lugar, que a sua misericórdia não teve coragem de lhe negar. Jesus demonstra aqui o que é o amor, a misericórdia e o perdão. Ele pediu uma lembrança e recebeu de Jesus a promessa do Paraíso. Que valor tem a oração acompanhada do sofrimento! Foi o primeiro santo canonizado em vida, por Jesus: São Dimas, o bom ladrão!
Na cruz onde pagava seus crimes, o Bom Ladrão praticou todas as virtudes: a Fé, reconhecendo em Jesus o Rei Messias, a humildade, confessando os próprios pecados que lhe fizeram merecer a morte de cruz, a caridade e o apostolado para com o outro ladrão, dando-lhe bons conselhos, a paciência e a oração, pedindo a Jesus que se lembrasse dele.
Mas a Cruz mais importante do Calvário é a de Jesus: nela nós encontramos todas as lições: “A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte” (Bento XVI, Porta Fidei, 13).
Feliz Páscoa para todos, com a vitória de Jesus Ressuscitado! 

A SEMANA DO PERDÃO

        Nesta semana mais importante do ano, celebramos o mistério pascal, recordando a Paixão, Morte e, na Páscoa, a Ressurreição de Jesus Cristo, sua vitória sobre o pecado e a morte. Neste tempo, “manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo: nele encontra plena realização toda a ânsia e anelo do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão diante da ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte... Nele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram esses dois mil anos da nossa história da salvação” (Porta Fidei).
 “A missão, que trouxe Jesus entre nós, atinge o seu cumprimento no mistério pascal. Do alto da cruz, donde atrai todos a Si (Jo 12, 32), antes de ‘entregar o Espírito’, Jesus diz: ‘Tudo está consumado’ (Jo 19, 30). No mistério da sua obediência até à morte, e morte de cruz (Fil 2, 8), cumpriu-se a nova e eterna aliança. Na sua carne crucificada, a liberdade de Deus e a liberdade do homem juntaram-se definitivamente num pacto indissolúvel, válido para sempre. Também o pecado do homem ficou expiado, uma vez por todas, pelo Filho de Deus (Hb 7, 27; 1 Jo 2, 2; 4, 10)... No mistério pascal, realizou-se verdadeiramente a nossa libertação do mal e da morte” (Bento XVI, Sacramentum Charitatis, 9).
“Do paradoxo da Cruz surge a resposta às nossas interrogações mais inquietantes. Cristo sofre por nós: Ele assume sobre si os sofrimentos de todos e redime-os. Cristo sofre conosco, dando-nos a possibilidade de partilhar com Ele os nossos sofrimentos. Juntamente com o de Cristo, o sofrimento humano torna-se meio de salvação. Eis por que o crente pode dizer com São Paulo: "Agora alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja" (Cl 1, 24). O sofrimento, aceite com fé, torna-se a porta para entrar no mistério do sofrimento redentor do Senhor. Um sofrimento que já não priva da paz e da felicidade, porque é iluminada pelo esplendor da ressurreição” (S. João Paulo II).
        Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai ‘a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado’ (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que ‘sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese’ (Ibid., 164). Então a Misericórdia ‘exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar’ (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa” (Francisco, mensagem para a Quaresma de 2016).