O PRIMADO DE PEDRO

          Dia 29 último celebramos o dia do Papa, na festa de São Pedro, apóstolo escolhido por Jesus para ser seu vigário aqui na terra (“vigário”, aquele que faz as vezes de outro), constituído por ele seu representante, chefe da sua Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas (os poderes) do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus (a Igreja): tudo o que ligares na terra será ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu” (Mt 16, 18-19).
Estas palavras de Jesus são, por assim dizer, a carta da Constituição da Santa Igreja, o diploma divino da investidura do Príncipe dos Apóstolos como chefe visível de toda a Igreja, primeiro Papa, fundamento (pedra) sólido, inquebrantável e perpétuo da Igreja de Cristo (“a minha Igreja”). Jesus lhe confere o primado de jurisdição sobre ela, quer dizer, uma autoridade suprema para dirigi-la, conduzir e governar (“ligar e desligar”). Ele o faz supremo Pastor, seu substituto (“apascenta os meus cordeiros e as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17)), a cabeça visível da sua Igreja, seu doutor infalível, com a garantia da infalibilidade e indefectibilidade, pela presença contínua e segurança dele, Jesus, a pedra angular, até o final dos tempos (Mt 28,20).
É por isso que veneramos o sucessor de São Pedro no Primado sobre toda a Igreja, o Santo Padre o Papa – hoje, Papa Francisco - e lhe prestamos nosso respeito e submissão, guardando com ele, fator de unidade da Igreja, a comunhão, “de modo que, guardada esta unidade com o Romano Pontífice, tanto de comunhão como de profissão da mesma Fé, seja a Igreja de Cristo um só Rebanho, sob um só Pastor supremo (Jo 10,16). Tal é a doutrina da verdade católica, da qual ninguém pode desviar-se sem perigo para a sua Fé e sua salvação”, pois “esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22,32)” (Concílio Vaticano I, Constituição Dogmática Pastor Aeternus D-S 3060 e 3070).

        São Pedro, fraco por ele mesmo, mas forte pela força que lhe deu Jesus, representa bem “a Igreja, que reúne em seu seio os pecadores”, sendo assim, “ao mesmo tempo santa, e sempre necessitada de purificação” (Lumen Gentium, 8). No Credo do Povo de Deus proclamamos: “Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica, edificada por Jesus Cristo sobre a pedra que é Pedro... Cremos que a Igreja, fundada por Cristo e pela qual Ele orou, é indefectivelmente una, na fé, no culto e no vínculo da comunhão hierárquica. Ela é santa, apesar de incluir pecadores no seu seio; pois em si mesma não goza de outra vida senão a vida da graça. Se realmente seus membros se alimentam dessa vida, se santificam; se dela se afastam, contraem pecados e impurezas espirituais, que impedem o brilho e a difusão de sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por esses pecados, tendo o poder de livrar deles a seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo”.

2 comentários:

  1. A bênção, D Fernando!
    Parece-me que muitos não distinguem bem a perenidade da Igreja-Corpo de Cristo, Cl 1,18; 24 etc., falando sempre que, do jeito que vai, será destruída, como sucede nas acéfalas e relativistas seitas protestantes que, quando falece o fundador, as normas gerais da seita são modificadas ou mantidas, a critério de cada mentalidade do sucessor; até mesmo extinta, diferentemente em que um papa se mantém fiel ao antecessor e, se comete desvios pessoais, não compromete a doutrina.
    Sem me estender, N Senhora do Bom Sucesso advertiu das crises que abateriam sobre a Igreja dos séculos XIX e XX adiante, se não nos convertêssemos:
    ."Nesses tempos lastimáveis, haverá uma luxúria desencadeada que arrastará as pessoas ao pecado e conquistará inumeráveis almas frívolas que serão perdidas. Quase não se achará mais inocência entre as crianças, nem modéstia entre as mulheres. Nesse supremo momento de necessidade da Igreja, aqueles que deveriam falar ficarão em silêncio"!
    “Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem".
    N Senhora de La Salette também tem serias advertências nesse sentido, prevendo particular assedio satânico sobre a Igreja:
    “No ano de 1864, Lúcifer, juntamente com um grande número de demônios, será solto do inferno. Eles vão pôr fim à fé pouco a pouco, mesmo naqueles que se dedicam a Deus. Eles irão cegá-los de tal maneira que, a menos que recebam uma graça especial, essas pessoas irão assumir o espírito desses anjos do inferno; várias instituições religiosas perderão toda a fé e perderão muitas almas".
    Também o sucedido em 1888 com o Papa Leão XIII que entendeu claramente saindo do sacrário serem as vozes de Jesus Cristo - suave - e do diabo - gutural/tenebrosa - o qual ostentava poder destruir a Igreja, se lhe fosse concedido 75 anos para levar a cabo o seu plano - ou 100 anos, segundo outros relatos,
    O diabo idem pediu permissão para ter “uma maior influência sobre aqueles que se entregarão ao meu serviço.” Às petições do diabo, o Senhor respondeu: “Ser-te-á dado o tempo e o poder.”
    Todas as crises presentes por que a Igreja passa - constante assedio maçônico, caso Vindice-Nubius - particularmente do Vaticano II adiante, teriam provindo de certos altos hierárquicos infiltrados, cooptados ou sob as más influencias previstas que desviaram o verdadeiro Vaticano II para o imanente ou ideológico, e falsariamente atribuindo a ele seus desvios!

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  2. Gostei muito do post de Dom Rifan porque esta fundamentado na palavra de Deus, por isso rezemos pelo Papa para que ele se deixe guiar pelo Espírito Santo e assim seja fiel ao Senhor.

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Seu comentário é muito bem vindo. Que Deus o abençõe.