Acabo de chegar de uma
peregrinação à Europa, especialmente a Roma, a cidade eterna. “Roma eterna, dos
mártires, dos santos...” cantamos na Marcha Pontifícia.
Mas, quem vai a Roma tem
que ver o Papa, sucessor de São Pedro, primeiro Papa e Bispo de Roma. O Papa
Francisco tem cativado o mundo pela sua bondade e por mostrar o rosto bondoso
de Nosso Senhor: “A mensagem de Jesus é sempre
a mesma: a misericórdia. A meu ver – humildemente o afirmo –, é a mensagem mais
forte do Senhor: a misericórdia. Ele próprio o disse: Eu não vim para os
justos... Eu vim para os pecadores (cf. Mc 2, 17). Pensai nas críticas que Lhe
fizeram, depois de chamar Mateus: Ele convive com os pecadores! (cf. Mc 2, 16). Sim, Ele veio para nós, se nos
reconhecermos pecadores... Voltemos ao Senhor! O Senhor nunca Se cansa de
perdoar, nunca! Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão. Peçamos a graça
de não nos cansarmos de pedir perdão, porque Ele jamais Se cansa de perdoar”.
Na
Missa do início do seu ministério petrino, no dia de São José, guardião do
Menino Jesus, de Maria e da Igreja, ele diz: “A vocação de guardião não diz respeito apenas a nós,
cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz
respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como
se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito
por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas,
cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos
idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do
nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se
reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo,
os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as
amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem.
Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade
que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”
O
Papa tem falado na pobreza e nós logo pensamos apenas na pobreza material. Ele,
então, nos ensina: “Mas há ainda outra pobreza: é a pobreza espiritual dos
nossos dias, que afeta gravemente também os países considerados mais ricos. É
aquilo que o meu Predecessor, o amado e venerado Bento XVI, chama a ‘ditadura do relativismo’, que deixa cada um como
medida de si mesmo, colocando em perigo a convivência entre os homens. E assim
chego à segunda razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por
edificar a paz. Mas, sem a verdade, não há verdadeira paz. Não pode haver verdadeira
paz, se cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só
os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem
de todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra... Neste
trabalho, é fundamental também o papel da religião. Com efeito, não se podem
construir pontes entre os homens, esquecendo Deus; e vice-versa: não se podem
viver verdadeiras ligações com Deus, ignorando os outros.”