Ainda no clima natalino, reflitamos um pouco na profunda e perene
mensagem do Natal, nas personagens desse maravilhoso acontecimento, com
seus maus e bons exemplos para nossa advertência e incentivo, e
especialmente na sua figura principal, Jesus
Exemplo dos que tiveram um mau natal temos em Herodes, o rei
contemporâneo do nascimento de Cristo, que por inveja queria eliminar o
que ele pensava ser seu rival e, por isso, mandou matar todas as
crianças de Belém e arredores, sendo assim o precursor daqueles que
escandalizam as crianças e as levam para o mal, matando a sua inocência.
Mau natal também passaram os judeus, especialmente os doutores da lei,
que sabiam que era tempo da vinda do Messias e o local do seu
nascimento, indicaram o caminho aos Reis Magos, mas não foram ver Jesus,
cumprindo-se o que disse São João no prólogo do seu Evangelho: “Ele
veio ao que era seu e os seus não o receberam” (Jo 1, 11).
Bom natal
tiveram os pastores, que guardavam suas ovelhas naquela noite e que,
avisados pelos anjos, vieram ver e adorar o Menino Deus. Foram os
primeiros convidados. São exemplo de amor ao trabalho, pessoas pobres,
simples e retas.
Igualmente os Reis Magos que, fazendo grandes sacrifícios, guiados pela
estrela misteriosa, vieram do Oriente para adorar o Menino Deus.
Lugar importante no Natal teve São José, homem justo e trabalhador, o
escolhido pelo Pai Eterno para substituí-lo junto ao seu Filho feito
homem, Jesus, como Pai adotivo e esposo da Virgem Mãe.
Mas um papel primordial no Natal teve a Virgem Santíssima, a cheia de
graça, a escolhida para ser a Mãe do Verbo incarnado, a que foi
preparada para ser assim a colaboradora fiel da obra da Redenção do
mundo, iniciado com a vinda de Jesus.
Mas o Natal é de Jesus, o maior dom que o Pai nos deu. “Deus amou de
tal maneira o mundo que lhe deu o seu Filho unigênito” (Jo 3, 16). O
presépio de Belém é o princípio da pregação de Jesus, o resumo da sua
boa nova, o Evangelho. Dali, daquele pequeno púlpito, silenciosamente,
ele nos ensina o desprezo da vanglória desse mundo, o valor do espírito
de pobreza e do desprendimento, o nada das riquezas, a necessidade da
humildade, o apreço das almas simples, a paciência, a mansidão, a
caridade para com o próximo, a harmonia na convivência humana, o perdão
das ofensas, a grandeza de coração, a pureza de alma, enfim, todas as
virtudes cristãs, que fariam o mundo muito melhor, se as praticasse. É a
receita da felicidade. É a fórmula da paz.
É por isso que o Natal cristão é festa de paz e harmonia, de
confraternização em família, de troca de presentes entre amigos, de
gratidão e de perdão. Ao menos deveria ser.
Desse modo a mensagem do Natal vai continuar durante todo o Ano Novo,
que assim será abençoado e feliz. Mais uma vez: FELIZ NATAL E ABENÇOADO
ANO NOVO!