Semana passada,
foi objeto de votação na Câmara Federal a introdução da ideologia de gênero no
Plano Nacional de Educação. Devido a forte e sadia oposição, inclusive com
manifestações organizadas, - faixas e cartazes com dizeres “Não ao Gênero e sim
ao Sexo”, “Não à ideologia do gênero”, nas mãos de cerca de duzentos jovens, - foi
feito um pedido de vistas e a matéria deve retornar amanhã à pauta da Comissão
Especial.
A ideologia de gênero quer eliminar
a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as
diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são
produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural,
atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o
seu sexo.
O feminismo do gênero, que promove
essa ideologia, procede do movimento feminista para a igualdade dos sexos. A
ideologia de gênero, própria das associações LGBT, baseia-se na análise
marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos,
sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no
casamento monogâmico. Daí que essa ideologia procura desconstruir a família e o
matrimônio como algo natural. Em consequência, promovem a “livre escolha na
reprodução”, eufemismo usado por eles para se referir ao aborto provocado. Como
“estilo de vida”, promovem a homossexualidade, o lesbianismo e todas as outras
formas de sexualidade fora do matrimônio. Entre nós, querem introduzir essa
ideologia, usando o termo “saúde reprodutiva”. E usam a artimanha de palavras,
especialmente “discriminação” e
"luta contra o preconceito”. Sob esse nome sedutor
– pois todos somos contra a discriminação injusta e o preconceito – querem
fazer passar a ideologia do gênero, a ditadura do relativismo moral,
estabelecendo uma nova antropologia anticristã, sob o nome de democracia. O
art. 2º, III, desse Plano Nacional de Educação estabelece que a ideologia de
gênero será implementada obrigatoriamente em todas as instituições escolares
públicas, privadas e confessionais nas metas, planos e currículo escolar,
inclusive no material didático sem que os pais ou professores possam ser
opor.
Essa campanha é internacional. Na
Itália, por exemplo, os folhetos distribuídos nas escolas pretendem ensinar a
todos os alunos que “a família pai-mãe-filho é apenas um ‘estereótipo de
publicidade’; que os gêneros masculino e feminino são uma abstração; que a
leitura de romances em que os protagonistas são heterossexuais é uma violência;
que a religiosidade é um valor negativo; chega-se ao ridículo de censurar os
contos de fadas por só apresentarem dois sexos em vez de seis gêneros, além de
se proporem problemas de matemática baseados em situações protagonizadas por
famílias homossexuais”.
Você também está convidado a reagir
contra essa ditadura ideológica, assinando a petição aos deputados, pedindo a
não inclusão da Ideologia de Gênero no PNE. Basta clicar no link http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado.