Amanhã celebraremos a festa
de São Pedro, apóstolo escolhido por Jesus para ser seu vigário aqui na terra (“vigário”,
o que faz as vezes de outro), seu representante
e chefe da sua Igreja. São Pedro era pescador do lago de Genesaré ou Mar da
Galiléia, junto com seu irmão, André, e seus amigos João e Tiago. Foi ali que
Jesus o chamou: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles,
imediatamente, deixaram as redes e o seguiram” (Mt 4, 19-20).
Pedro se chamava
Simão. Jesus lhe mudou o nome, significando sua missão, como é habitual nas
Escrituras: “Tu és Simão, filho de João. Tu te chamarás Cefas! (que quer
dizer Pedro - pedra)” (Jo 1, 42). Quando Simão fez a profissão de Fé na
divindade de Jesus, este lhe disse: “Não foi carne e sangue quem te revelou
isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro,
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do
inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus (a
Igreja): tudo o que ligares na terra será ligado nos céus e tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 13-19).
Corajoso e com
imenso amor pelo Senhor, sentiu também sua fraqueza humana, na ocasião da
prisão de Jesus, na casa de Caifás, ao negar três vezes que o conhecia. “Simão,
Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos, como se faz com o trigo. Eu,
porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma
os teus irmãos” (Lc 22, 31-32). E Pedro,
depois de ter chorado seu pecado, foi feito por Jesus o Pastor da sua Igreja.
São Pedro, fraco
por ele mesmo, mas forte pela força que lhe deu Jesus, representa bem a Igreja
de Cristo. “Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica,
edificada por Jesus Cristo sobre a pedra que é Pedro... Cremos
que a Igreja, fundada por Cristo e pela
qual Ele orou, é indefectivelmente una, na fé, no culto e no vínculo da
comunhão hierárquica. Ela é santa, apesar de incluir pecadores no seu
seio; pois em si mesma não goza de outra vida senão a vida da graça. Se
realmente seus membros se alimentam dessa vida, se santificam; se dela se
afastam, contraem pecados e impurezas espirituais, que impedem o brilho e a
difusão de sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por esses
pecados, tendo o poder de livrar deles a seus filhos, pelo Sangue de Cristo e
pelo dom do Espírito Santo” (Credo do
Povo de Deus).
“Enquanto Cristo ‘santo, inocente, imaculado’, não conheceu o pecado, e veio expiar unicamente os pecados do povo, a Igreja, que reúne em seu seio os pecadores, é ao mesmo tempo santa, e sempre necessitada de purificação, sem descanso dedica-se à penitência e à renovação. A Igreja continua o seu peregrinar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, anunciando a paixão e a morte do Senhor, até que ele venha. No poder do Senhor ressuscitado encontra a força para vencer, na paciência e na caridade, as próprias aflições e dificuldades, internas e exteriores, e para revelar ao mundo, com fidelidade, embora entre sombras, o mistério de Cristo, até que no fim dos tempos ele se manifeste na plenitude de sua luz” (Lumen Gentium, 8).
“Enquanto Cristo ‘santo, inocente, imaculado’, não conheceu o pecado, e veio expiar unicamente os pecados do povo, a Igreja, que reúne em seu seio os pecadores, é ao mesmo tempo santa, e sempre necessitada de purificação, sem descanso dedica-se à penitência e à renovação. A Igreja continua o seu peregrinar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, anunciando a paixão e a morte do Senhor, até que ele venha. No poder do Senhor ressuscitado encontra a força para vencer, na paciência e na caridade, as próprias aflições e dificuldades, internas e exteriores, e para revelar ao mundo, com fidelidade, embora entre sombras, o mistério de Cristo, até que no fim dos tempos ele se manifeste na plenitude de sua luz” (Lumen Gentium, 8).