Estamos em
Cracóvia, Polônia, onde se realiza, de 26 a 31 deste mês de julho, a XXIX
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que tem como tema “Bem-aventurados os
misericordiosos, pois obterão misericórdia (Mt 5,7)”. A cidade de Cracóvia,
terra de São João Paulo II, é também a cidade de Santa Faustina Kowalska, que
recebeu a mensagem de Jesus Misericordioso. A cidade e o tema dessa jornada
mundial foram justamente escolhidos por estarmos no Ano da Misericórdia, para
que os nossos jovens se impregnem dessa grande verdade divina, modelo para nós:
a Misericórdia.
A Jornada Mundial da Juventude é um
grande encontro de jovens de todo o mundo à volta do Santo Padre, o Papa. É uma
jornada de evangelização da Igreja, que, através dessas Jornadas, continua a
anunciar a mensagem de Jesus Cristo aos jovens de hoje. A JMJ caracteriza-se como uma peregrinação: jovens do mundo inteiro
estarão acorrendo ao “Santuário Mundial da Juventude” para o encontro com
Cristo. Essa é a parte espiritual e
moral da JMJ, a mais importante de todas. Ademais, a JMJ, até no aspecto humano é um
evento único e altamente promissor, pois busca promover reflexões que visam à
construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Como explicou o Arcebispo de
Cracóvia, Dom Stanislaw Dziwisz, que fora secretário particular de São João
Paulo II: “João Paulo II é o ‘Santo dos jovens’, é o idealizador, o fundador da
Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco é muito amado pelos jovens:
estas duas figuras extraordinárias se reencontrarão nesta Jornada de
Cracóvia... João Paulo II viu que os jovens procuram, questionam: é necessário
dar-lhes uma resposta, é necessário guia-los. Os jovens têm necessidade deum
bom pastor, de bons pastores. E aqui se realiza isto”.
“Neste tempo de ‘mudança
de época’, em que nossa juventude assume o seu profetismo cristão nas
manifestações pacíficas e com objetivos claros de cidadania, todos nós, como
peregrinos, somos chamados a ser ‘protagonistas de um mundo novo’. Por isso
mesmo, o peregrino discípulo-missionário pauta sua vida pela disponibilidade e
fraternidade. Não procura levar vantagem em nada por se colocar a serviço e
tampouco desanima com as dificuldades próprias de uma grande concentração. Ele,
com isso, ganha a pertença ao Reino, a certeza do amor de Deus e de ser para os
outros sinal cândido de misericórdia e de amor. O peregrino leva no seu coração
e reparte com os outros a esperança de tempos novos. Nos tempos de hoje, com as
violências, guerras, corrupções, maldades, divisões, dependências e
frustrações, o peregrino é sinal de que em Cristo Ressuscitado, a esperança tem
seu fundamento” (Dom Orani).
Possa esta Jornada Mundial
da Juventude trazer muitos bons frutos para a nossa juventude, tão carente de
Deus, e que esses jovens possam ser portadores da grande e bela mensagem cristã
a todos os ambientes em que vivem: família, amigos, escola, divertimentos,
sendo verdadeiramente o sal da terra e a luz do mundo.