Celebramos nesta semana a Epifania (manifestação) do Senhor. Foi o
dia em que Jesus se manifestou como Salvador de todos os povos, na pessoa dos
Reis do Oriente, que vieram visitar o Menino Jesus em Belém, exemplo de
perseverança na vocação, ao chamado de Deus, nas dificuldades e tentações da
vida. “Aquela estrela era a graça”, diz Santo Agostinho.
Deus usa de
vários meios para chamar a si as pessoas, meios adaptados à personalidade e às
condições de cada um. Aos pastores, judeus, já familiarizados com as revelações
divinas do Antigo Testamento, Deus chamou através dos anjos, mensageiros da boa
nova do nascimento de Jesus. Os Magos, porém, eram pagãos. Como eram astrônomos
e astrólogos, Deus os chamou através de uma estrela misteriosa. Jesus não
discrimina ninguém: no seu presépio vemos pobres e ricos, judeus e árabes.
Todos são bem-vindos ao berço do pacífico Menino Deus.
Jesus veio ao
mundo trazer a paz, a sua paz, a verdadeira: “Dou-vos a minha paz. Não é à
maneira do mundo que eu a dou” (Jo 14, 27).
“Príncipe da Paz” é o título que lhe dava o profeta Isaías: “seu nome
será... Príncipe da Paz” (Is 9,5). Esse foi o cântico dos anjos na noite de
Natal: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e, na terra, paz aos que são do
seu agrado!” (Lc 2, 14). Essa foi a sua saudação ao ressuscitar: “A paz esteja
convosco” (Jo 20, 19 ss).
Em sua
mensagem de Natal “Urbi et Orbi”, o Papa Francisco lembrou-se dos que sofrem
com a guerra e a perseguição no Oriente Médio, sobretudo os cristãos:
“A Ele, Salvador do mundo, peço hoje que olhe
para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os
efeitos do conflito em curso e, juntamente com os membros de outros grupos
étnicos e religiosos, padecem uma perseguição brutal. Que o Natal lhes dê
esperança, como aos inúmeros desalojados, deslocados e refugiados, crianças,
adultos e idosos, da região e do mundo inteiro; mude a indiferença em
proximidade e a rejeição em acolhimento, para que todos aqueles que agora estão
na provação possam receber a ajuda humanitária necessária para sobreviver à
rigidez do inverno, retornar aos seus países e viver com dignidade. Que o
Senhor abra os corações à confiança e dê a sua paz a todo o Médio Oriente, a
começar pela Terra abençoada do seu nascimento, sustentando os esforços
daqueles que estão ativamente empenhados no diálogo entre Israelitas e
Palestinianos”.
“Jesus Menino. Penso em todas as crianças
assassinadas e maltratadas hoje, seja naquelas que o são antes de ver a luz,
privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo duma cultura
que não ama a vida; seja nas crianças desalojadas devido às guerras e
perseguições, abusadas e exploradas sob os nossos olhos e o nosso silêncio
cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos bombardeamentos, inclusive
onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a
espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se hoje a sombra dos Herodes
do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal que se juntam às
lágrimas de Jesus Menino!”.
Sem dúvida alguma o Menino Jesus é o Principe da Paz, é o nosso salvador, é o messias esperado por todo povo de Deus. Ele agora quer morar no nosso coração, quer morar na nossa vida, portanto peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a sermos bons cristãos.
ResponderExcluir