O mês de agosto é o mês das vocações, especialmente as
sacerdotais, pois nele se comemora o dia do padre, dia de São João Maria
Vianney, o Cura d’Ars, patrono dos párocos e modelo para todos os padres do
mundo.
Vocação
vem do latim “vocare”, chamar. É um chamado de Deus para uma vida a ele
consagrada. A vocação sacerdotal é um chamado de Deus para a vida no
sacerdócio, cujo carisma especial é a dedicação ao ministério do culto divino e
da salvação das almas. Jesus mesmo nos mandou rezar pelas vocações: “Ao ver as
multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e
abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: ‘A messe
é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois ao Senhor da messe que
envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9, 36-37).
Na
Missa com os Bispos, Sacerdotes, religiosos e seminaristas na Catedral do Rio,
durante a JMJ, o Papa Francisco nos falou sobre a necessidade de ter sempre
presente a nossa vocação: “Creio que é importante reavivar sempre em nós este
fato, para o qual amiúde fazemos vistas grossas entre tantos compromissos
cotidianos: ‘Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi’, diz
Jesus (Jo 15,16). É um caminhar de novo até a fonte de nosso chamado. Por isso
um bispo, um sacerdote, um consagrado, uma consagrada, um seminarista, não pode
ser um desmemoriado. Perde a referência essencial do início de seu caminho. Pedir
a graça, pedir à Virgem Maria - ela tinha boa memória - a graça de termos na
memória esse primeiro chamado. Fomos chamados por Deus e chamados para
permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a ele... É precisamente a ‘vida em
Cristo’ que garante nossa eficácia apostólica e a fecundidade de nosso
serviço... Não é a criatividade, por mais pastoral que seja, não são os
encontros ou os planejamentos que garantem os frutos, embora ajudem e muito,
mas o que garante o fruto é sermos fiéis a Jesus, que nos diz com insistência:
‘Permanecei em mim, como eu permaneço em vós’ (Jo 15,4)”.
Há
muitas vocações especiais na Igreja. Na vida religiosa, temos o chamado à
profissão dos conselhos evangélicos, na qual se segue mais de perto a Cristo,
numa vida totalmente consagrada a Deus, à construção da Igreja e à salvação do
mundo, a fim de se alcançar a perfeição da caridade, preanunciando assim a
glória celeste.
O
Concílio Vaticano II sublinhou uma verdade da Tradição da Igreja: a vocação
universal à santidade: “O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda a
perfeição, pregou a todos e a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição
que fossem, a santidade de vida, de que ele próprio é autor e consumador...
Todos os fiéis, seja qual for o seu estado ou classe, são chamados à
plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade..., são convidados e
obrigados a tender para a santidade e perfeição do próprio estado... ‘Os que se
servem deste mundo, não se detenham nele, pois passa a figura deste mundo’ (1
Cor 7,31)” (Lumen Gentium, cap. V).
A bênção, D Fernando!
ResponderExcluirO próprio artigo em si explica e contém o essencial, que a vocação cristã leva à plenitude o sentido da vida humana em relação ao Senhor Deus, desligando-nos do apego excessivo de que podemos ser vítimas dos bens desse mundo.
Pelo batismo, passamos a pertencer inteiramente a Jesus, desde que não nos afastemos da sua Igreja e assumamos uma existência totalmente marcada por seu amor, pois todos os cristão consagrados pelo batismo são chamados para viverem no mundo à maneira do Mestre..
Nada ou ninguém poderá cancelar essa vocação e/ou substituí-la por quaisquer outros interesses ou conveniências pessoais, para não perdermos o sentido de nossa existência como cristãos e, no fim da jornada, sentirmos frustrados de termos passado uma vida sem sentido, cuidando apenas do que os animais institivamente fazem, para nossa existência não ter sido semelhante à deles!.
Rezemos para que surjam boas e santas vocações. Que o bom Deus nos ajude diuturnamente.
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