Amanhã, quarta-feira de Cinzas, começa o importante tempo
litúrgico da Quaresma, no qual a Igreja almeja que nos unamos
mais intimamente ao Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo, mistério que
inclui sua Paixão, sua morte e sua gloriosa Ressurreição.
Neste Ano Santo da Misericórdia, o Papa
Francisco, em sua mensagem para esta Quaresma, toma como modelo Nossa Senhora,
“Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque
evangelizada. Maria, por ter acolhido a
Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com
que Deus A predestinou”.
E o Papa nos pede que “a
Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para
celebrar e experimentar a misericórdia de Deus (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à
escuta da Palavra de Deus e à iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, quis
sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra
profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada
cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio”.
A História da Salvação é a
história da Misericórdia de Deus para com o seu povo: “O mistério da
misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e
o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia,
pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma
compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a
infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja
ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui
perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel
de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa
infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que
ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo”.
E tudo se resume e engloba
na Encarnação do Verbo: “Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito
homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer
d’Ele a Misericórdia encarnada. Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é,
para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta
perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da
aliança de Deus com Israel: ‘Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é
único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e
com todas as tuas forças’ (Dt 6,
4-5)”.
“Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um
tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação
existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por
meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs
necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras
espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar,
ensinar, perdoar, admoestar, rezar...”
A bênção D Fernando!
ResponderExcluirO carnaval, no seu sentido original que antecede a Quarta-feira de Cinzas e a Quaresma, era um tempo de se aproveitar da ingestão maior de carnes, já que a Quaresma era um tempo penitencial e de algumas restrições a seu consumo; nesse tempo, podia-se ingerir em maior quantidade, como numa despedida, mas sem exageros.
Aliás, a Quaresma, pelo menos nos sites católicos conservadores, interpelam que foi ofuscada pela Campanha da Fraternidade - e ainda recorda o fraternité do trio - à exceção dos "progressistas", está sob pesado assedio, pois mais tem abarcado humano-ecologismos que enfatização de seria conversão pessoal, como outrora!
Dessa forma, pareceria haver algo de cunho ideológico de forma bastante camuflado e mesclado nas CFs para distrairem as mentes do essencial e projetá-las no imanentismo.
Se não é um fato, ao menos transpareceriam essas segundas intenções de formas bastante sutis acima relatadas, pois "Mãe Terra", meio ambiente e ecologismos gerais estão demasiado entronizados, parecendo-se com a esquerdista TL, para a qual o pobre ocupa o lugar do Senhor Deus!
Hoje em dia, no entanto, como o carnaval é uma orgia pública, muitos desses que compartilharam desse verdadeiro desafio ostensivo às Leis do Senhor Deus estarão se impondo as cinzas, "penitentes, contritos"; antes disso porém, nesses dias antecedentes, eram parceiros fieis do diabo nas bacanais!
Sejamos misericordiosos assim como Deus é misericordioso. Para isso peçamos a Jesus que nos ajude.
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