A carta a Diogneto,
joia da literatura cristã primitiva (ano 120 D.C.), descreve como era a vida
dos primeiros discípulos: “Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem
pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes... participam de tudo, como cidadãos...”.
Além dos deveres religiosos, nós, cristãos, temos os
deveres de cidadãos, deveres civis e humanitários, para nós decorrentes do amor
a Deus e à sua obra. O católico deve ser um excelente cidadão, educado e cumpridor
dos seus deveres. Assim, católico não joga lixo na rua, católico não prejudica
a natureza com um desmatamento desregrado, católico não suja os rios nem
desperdiça a água, católico cuida da limpeza da sua cidade, fazendo a sua
parte, católico não polui o ar com seu escapamento desregulado, nem com um som
que incomoda os vizinhos, católico não atrapalha o trânsito nem causa tumulto e
confusão por onde passa etc.
Na Quaresma, tempo litúrgico no qual estamos, a Igreja
nos convida à oração, ao jejum e à esmola, como preparação para a Páscoa. A
Igreja no Brasil, incentivando-nos a esses exercícios espirituais, convida-nos
também a um gesto concreto na área social, através da Campanha da Fraternidade.
É claro que essa ação social não pode ocupar o lugar das obras espirituais e
caritativas, nem se suplanta a elas, mas é o seu complemento.
Neste ano, a Campanha tem como lema “Cultivar e
guardar a criação” (Gn 2,15), que foi a ordem de Deus dada ao homem ao cria-lo
e ao entregar-lhe toda a maravilhosa natureza. Este lema nos alerta para o
cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Bioma é o
conjunto dos seres vivos de uma região: plantas, animais, enfim, todos os seres
vivos.
Deus espera de nós, como cristãos e cidadãos, o
cuidado da criação e não sua destruição.
Em sua mensagem aos fiéis brasileiros por ocasião da
Campanha da Fraternidade deste ano, o Papa Francisco enfatiza alguns pontos da
sua Encíclica Laudato Sí, sobre o cuidado da nossa casa comum, a terra e
sua natureza: “O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade
de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais
da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes... Já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo
mais humano” assumiu o lema: ‘Preserve o que é de todos’. Então a CNBB apresentava
à sociedade brasileira a preocupação com as questões ambientais e com o
comportamento humano com relação aos dons da criação. O objetivo da Campanha da
Fraternidade deste ano é cuidar da criação, de modo especial dos
biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a
cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como ‘não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação
ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a
vida das pessoas’, a Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e
respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil,
um verdadeiro dom de Deus, através da promoção de relações respeitosas com a
vida e a cultura dos povos que neles vivem”.
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ResponderExcluirCampanha da fraternidade vermelha, isso sim! Uma campanha que tem conceitos pagãos em seu meio, como chamar o planeta de 'mãe terra', só poderia vir de uma entidade pervertida como a CNBB.
ResponderExcluirPois faça ela uma campanha da fraternidade 'Brasil Católico'e 'Recristianizando o Brasil', não isso eles não querem, querem falar sobre a 'mãe terra' e apoiar as 'reformas' políticas do PT/PCdoB, e fazer proselitismo da TL.
Deus nos salve deste Brasil energúmeno e pagão.
Peçamos ao nosso bom Deus que nos purifique e nos santifique.
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