Está
acontecendo em Aparecida a 55ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estou presente com os outros
irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva,
tratando dos assuntos mais importantes para a Igreja no Brasil. Peço as orações
de todos, pois é interesse de todos que os seus pastores os guiem bem.
A natureza das conferências episcopais foi exposta na
Carta Apostólica Apostolos suos, de S. João Paulo II, onde cita o
decreto Christus Dominus do Concílio Vaticano II, que considera “muito
conveniente que, em todo o mundo, os Bispos da mesma nação ou região se reúnam
periodicamente em assembleia, para que, da comunicação de pareceres e
experiências, e da troca de opiniões, resulte uma santa colaboração de esforços
para bem comum das Igrejas”. Ensina ele que “a união colegial do Episcopado
manifesta a natureza da Igreja... Assim como a Igreja é una e universal, assim
também o Episcopado é uno e indiviso, sendo tão extenso como a comunidade
visível da Igreja e constituindo a expressão da sua rica variedade. Princípio e
fundamento visível dessa unidade é o Romano Pontífice, cabeça do corpo
episcopal”.
Durante a Assembleia, os Bispos celebram a Santa
Missa, rezam em comum o Ofício Divino, fazem retiro espiritual e tratam de
assuntos importantes e necessários à vida da Igreja. A Assembleia desse ano,
entre muitos outros assuntos, tem como tema central “a iniciação à vida cristã
no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo”. Procuramos
aprender com o próprio Jesus Cristo à luz do ícone da Samaritana (Jo 4, 1-25.39-42),
usando seu admirável modo de abordar e conquistar as pessoas para o Reino.
Ao ver os problemas e dificuldades no
seio da Igreja, muitos poderão ficar escandalizados. Acontece que, por graça de
Deus, pertencemos a essa grande família que é a Igreja. Como toda família, a
Igreja, divino-humana, tem também seus problemas, devidos à sua parte humana.
Jesus disse que o “Reino de Deus” aqui na terra, a Igreja, é semelhante a uma
rede, com peixes bons e maus, a um campo com trigo e joio. A depuração será só
no fim do mundo. Quem quiser uma Igreja só de santos deve esperar o fim do
mundo ou ir para o céu.
Essa noção de família é muito
importante na eclesiologia. A Igreja é algo objetivo, fundada por Nosso Senhor
sobre os Bispos, segundo a sucessão apostólica. A Igreja não é um grupo de
amigos. “Na Igreja, eu não procuro meus amigos, eu encontro meus irmãos e
minhas irmãs; e os irmãos e as irmãs não se procuram, se encontram. Esta
situação de não arbitrariedade da Igreja na qual eu me encontro, que não é
uma igreja da minha escolha, mas a Igreja que se me apresenta, é um
princípio muito importante. Isto não é minha escolha, como se eu fosse com tal
grupo de amigos ou com outro; eu estou na Igreja comum, com os pobres, com os
ricos, com as pessoas simpáticas e não simpáticas, com os intelectuais e os
analfabetos; eu estou na Igreja que me precede” (Ratzinger, Autour de la
Question Liturgique, Fontgombault, 24/7/2001).
Sua bênção Dom Fernando. Sinto muita falta do padre Fernando. Que o Divino Espírito Santo ilumine o senhor e afaste para bem longe a fumaça de satanás. Tomara que o senhor consiga trazer algo de concreto para a salvação de nossas almas. Peço que Nossa Senhora Aparecida o abençoe. Salve Maria!
ResponderExcluirRezemos por nossos grupos.
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