A História é mestra da vida,
já dizia Cícero. Por isso, suas lições são úteis e seu esquecimento, desastroso.
Segundo resenha da revista Época (edição de
3/7/2017), acaba de ser lançada uma biografia de Koba Djugachvili, mais
conhecido pelo apelido “Stálin” (homem de aço, em russo), intitulada “Stálin –
Paradoxos do poder”, feita pelo americano Stephen Kotkin, da Universidade Princeton.
“Não há personagem mais rico para um
historiador que Stálin. Uma biografia dele é quase como contar a história do
mundo”, diz Kotkin, especialista em história soviética, que esmiuçou, por 11
anos, os arquivos abertos depois da queda do regime comunista, em 1991.
Stálin fugiu de uma aldeia siberiana, para
onde fora deportado, para se encontrar com o camarada Lênin, em Cracóvia, na
Polônia e lhe dar pessoalmente um texto que havia escrito sobre marxismo e
nacionalismo, que mereceu elogios de Lênin.
Segundo o historiador, nas três décadas em
que ficou no poder (1924-1953), Stálin iniciou uma tirania com atrocidades
indizíveis, perseguiu, executou e confinou oponentes em campos de concentração.
Numa conta conservadora, foram mais de 4 milhões de vítimas. Esse cálculo
inclui aqueles que morreram de fome – de 5 milhões a 7 milhões de pessoas – em
consequência de políticas de coletivização agrícola que levaram ao colapso do
abastecimento no país. Todo esse despotismo e tirania para implantar o comunismo
na Rússia.
Com sua visão das nações satélites, o ditador
foi o artífice da União Soviética.
Crente fervoroso quando jovem, estudou num
seminário teológico ortodoxo. Lênin, líder comunista, foi o fiador da ascensão
de Stálin dentro do partido e criou o cargo de secretário-geral expressamente
para ele.
Na concepção de Kotkin, a personalidade de
Stálin foi de somenos importância para moldar o ditador que a conjuntura
política da época. Ele renega a repisada tese psicanalítica de que a origem do
tirano está nas surras que o pequeno Koba levava do pai e da infância difícil
que viveu. “Não foi o indivíduo que criou a política, mas sim a política que
criou o indivíduo. Aquele tipo de regime é que fez Stálin se tornar o
personagem que foi”, diz ele. Em resumo, Stálin foi o que foi porque se dispôs
a colocar em prática, como um homem de aço, as ideias comunistas
(Revista Época, 3/7/2017: “A marca do demônio”).
Que aprendam da história os que querem o
comunismo em nome do progresso e do bem estar dos povos! “Ao princípio, o
comunismo mostrou-se tal qual era em toda a sua perversidade; mas bem depressa
percebeu que desse modo afastava de si os povos; e por isso mudou de tática e
procura atrair as multidões com vários enganos, ocultando os seus desígnios sob
a máscara de ideais, em si bons e atraentes... Não se deixem enganar! O
comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a
colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização
cristã” (Pio XI, Enc. Div. Redempt. 57-58).
Gostei do post. Que o bom Deus lhe proteja.
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