No
dia 19 de agosto passado, às 18 horas, celebrou a Missa Solene Pontifical em
nossa Igreja Principal o Exmo. Sr. Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello,
com a presença de vários Bispos, especialmente Dom Orani João Tempesta,
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, e de Dom Roberto Francisco
Ferreria Paz, Bispo Diocesano de Campos, dezenas de sacerdotes e milhares de
fiéis, principalmente das diversas paróquias de nossa Administração Apostólica,
em ação de graças pelos 15 anos da criação da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney, grande graça e misericórdia que Deus nos concedeu por
intermédio de sua Igreja, através do Santo Padre, o Papa S. João Paulo II.
Aflitos, com a situação canônica irregular em que nos
encontrávamos, escrevemos ao Papa: “Beatíssimo Padre, humildemente prostrados
aos pés de Vossa Santidade, nós, Sacerdotes da União Sacerdotal São João Maria
Vianney, da Diocese de Campos..., pedimos vênia para formular ao Vigário de
Cristo o nosso pedido e manifestar-lhe a nossa gratidão. Não temos nenhum
título para Lhe apresentar: somos os últimos sacerdotes do seu presbitério. Não
possuímos nem distinções, nem qualidades, nem méritos. A nossa condição,
honrosa, aliás, de ser ovelha desse rebanho basta para atrair a atenção de
Vossa Santidade. O único título que, pela graça de Deus, ostentamos com brio é
o de católicos apostólicos romanos. E em nome dessa nossa Fé católica
apostólica romana temos nos esforçado por guardar a Sagrada Tradição
doutrinária e litúrgica que a Santa Igreja nos legou, esperando desse modo
estar prestando o melhor serviço à Vossa Santidade e à Igreja. Beatíssimo
Padre, embora sempre nos tenhamos considerado dentro da Igreja Católica, da
qual nunca jamais tivemos a intenção de nos separar, contudo devido à situação
da Igreja e a problemas que afetaram os católicos da linha tradicional, que são
do conhecimento de Vossa Santidade e cremos, enchem o seu coração e o nosso de
dor e angústia, fomos considerados juridicamente à margem da Igreja. É esse o
nosso pedido: que sejamos aceitos e reconhecidos como católicos... E se, por
acaso, no calor da batalha em defesa da verdade católica, cometemos algum erro
ou causamos algum desgosto a Vossa Santidade, embora a nossa intenção tenha
sido servir à Igreja, humildemente suplicamos o seu paternal perdão...”
(15/8/2001).
Em sua resposta afirmativa, o Papa afirma: “acolhendo
com afeto o vosso pedido de ser recebidos na plena comunhão da Igreja Católica,
reconhecemos canonicamente a vossa pertença a ela”, e nos assegura que a nossa
União Sacerdotal será “erigida canonicamente como Administração Apostólica de
caráter pessoal, diretamente dependente da Sé Apostólica”, “forma jurídica de
reconhecimento da vossa realidade eclesial, para assegurar o respeito de vossas
características peculiares”. A realização dessa vontade do Papa concretizou-se
no dia 18 de janeiro de 2002, na Catedral diocesana de Campos. Agora celebramos
15 anos desta grande graça e de todas as outras daí consequentes. Uma grande vitória da Igreja! Deo gratias!
ResponderExcluirNo livro: Em defesa da fé, o humílimo Frei Damião de Bozzano já no ensinou que:
Eis alguns testemunhos que no-lo demonstramos claramente: Sto. Irineu, discípulo de São Policarpo e de outros anciãos da igreja apostólica, refutando os hereges do seu tempo, diz: "Com a Igreja romana, por sua primazia, devem concordar na fé todas as Igrejas, isto é, os fiéis de todo o mundo..." (Adv. Haer. Liv. III).
Mas, se Roma pudesse errar, como ele afirmar esse dever?
Portanto, segundo Sto. Irineu, Roma, a saber. O Papa não pode errar.
S. Cipriano atesta a mesma verdade:
"Atrevem-se, diz ele falando de certos hereges, atrevem-se a dirigir-se à Cátedra de Pedro, a essa Igreja principal, onde se origina o sacerdócio, esquecidos de que os romanos não podem errar na fé”. (Epist. 69, 19).
S. Jerônimo escreve ao Papa São Dámaso: "Julguei meu dever consultar a Cátedra de Pedro. Só vós conservais a herança de nossos pais..."
“Quem não colhe convosco, desperdiça... Decidi e não hesitarei em afirmar três hipóteses". Porque ele se declara pronto a aceitar qualquer decisão do Papa, mesmo quando, por impossível, propusesse um absurdo? Justamente porque sabe que o Papa é infalível, não pode errar em matéria de fé e de costumes.
Ainda mais claro é o testemunho de Sto. Agostinho. Os Concílios de Milévio e de Cartago dirigiram-se ao Papa, afim de que condenasse Pelágio, que, com suas doutrinas, semeava a discórdia na Igreja.
Apenas respondeu o Papa, Sto. Agostinho anunciou aos fiéis a sentença nestes termos: "sobre esta causa foram enviados dos Concílios à Sé Apostólica. Chegou-nos a resposta; esta terminada a causa. Oxalá acabe também o erro”.
Roma, isto é, o Papa falou a causa esta terminada, toda a dúvida cessa. Por quê? Porque o Papa é infalível, não pode errar.
Fico feliz por tudo isso. Que o bom Deus nos ilumine e nos santifique.
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