A grande devoção em nossa região a Santo
Amaro, cuja festa celebraremos no próximo dia 15, é explicada pela presença dos
monges beneditinos que foram os valorosos missionários da zona rural de Campos
dos Goytacazes, em cujo município se situa o célebre Mosteiro de São Bento, em
Mussurepe. Vale a pena recordar um pouco a sua vida, por muitos desconhecida.
Santo Amaro, ou São Mauro, foi monge e abade
beneditino, ou seja, da Ordem de São Bento. Nascido em Roma, de família
senatorial, Amaro, quando tinha apenas doze anos, foi entregue no mosteiro por
seu pai, Egrico, homem ilustre pela virtude e pela nobreza do nascimento, confiando-o
aos cuidados de São Bento, em 522.
Correspondeu tão bem à afeição e à solicitude
do mestre, que foi em breve proposto como modelo aos outros religiosos. São
Gregório exaltou-o por se ter distinguido no amor da oração e do silêncio.
Sempre se lhe notou profunda humildade e admirável simplicidade de coração. Mas
nele sobressaia a virtude da obediência, sendo por isso recompensado por Deus,
com o milagre semelhante ao de São Pedro no lago de Tiberíades, caminhando
sobre as águas. Foi o caso de um jovem chamado Plácido, que caiu num lago perto
de Subiaco, onde ficava o mosteiro. São Bento soube-o por revelação e, chamando
Amaro, disse-lhe: “Irmão Amaro, vai depressa procurar Plácido, que está prestes
a se afogar”. Munido com a bênção do mestre, o discípulo correu sobre a água a
socorrer Plácido, a quem agarrou pelos cabelos e trouxe para a margem, não se
apercebendo Amaro ter saído da terra firme. Quando deu pelo milagre, atribuiu-o
aos méritos de São Bento. Mas este o atribuiu à obediência do discípulo.
“O homem obediente contará vitórias” (Pr
21,28). A obediência é a virtude cristã pela qual a pessoa sujeita sua própria
vontade à de seu superior, no qual vê um representante de Deus. O maior exemplo
de obediência temos em Jesus Cristo, obediente até a morte de Cruz (Fl 2, 8),
reparando assim a desobediência de Adão (Rm 5, 19-20). Assim, o conselho
evangélico da obediência, professado na vida consagrada, assumido livremente
com espírito de fé e amor no seguimento de Cristo obediente até a morte, leva o
consagrado à submissão da vontade aos legítimos superiores, que fazem as vezes
de Deus quando ordenam de acordo com as próprias constituições (cf. CDC cân.
601).
Santo Amaro foi fiel ao seu ideal monástico,
a ponto de todos o considerarem o perfeito herdeiro espiritual de São Bento.
Segundo uma tradição, foi Santo Amaro que substituiu São Bento quando este se
transferiu para Monte Cassino. Consta também que Santo Amaro se distinguiu
particularmente por sua aplicação aos estudos. Sendo enviado à França, lá
fundou o Mosteiro de Glanfeuil, em Anjou, vindo a falecer em 15 de janeiro de
584.
Possa o exemplo de Santo Amaro levar os
filhos a serem mais obedientes aos seus pais, os alunos aos seus mestres, os
cidadãos às leis e superiores civis, os católicos aos seus superiores
hierárquicos. “Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5, 21).
E peçamos a Deus, também, que nossos superiores não abusem do poder que Ele os deu. Rezemos por todos, submissos e superiores.
ResponderExcluirVenho, através deste canal, humildemente, pedir ao sr Bispo, Dom Fernando, que reveja a transferência de nosso querido pároco, pe Ivoli, que tanto bem tem feito às nossas famílias e a toda comunidade católica. Com muito respeito e com a máxima consideração que tenho pelo senhor, peço que ouça o meu apelo, deixe nosso pároco conosco. A sua benção e fique com Deus.
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