A CNBB

           De hoje até 9 de maio, acontece em Aparecida a 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estou presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva. Que todos os católicos rezem, pois o bom fruto da Assembleia é do interesse de todos!
A natureza das conferências episcopais foi exposta na Carta Apostólica Apostolos suos, de S. João Paulo II, onde cita o decreto Christus Dominus do Concílio Vaticano II, que considera “muito conveniente que, em todo o mundo, os Bispos da mesma nação ou região se reúnam periodicamente em assembleia, para que, da comunicação de pareceres e experiências, e da troca de opiniões, resulte uma santa colaboração de esforços para bem comum das Igrejas”. Ensina ele que “a união colegial do Episcopado manifesta a natureza da Igreja... Assim como a Igreja é una e universal, assim também o Episcopado é uno e indiviso, sendo tão extenso como a comunidade visível da Igreja e constituindo a expressão da sua rica variedade. Princípio e fundamento visível dessa unidade é o Romano Pontífice, cabeça do corpo episcopal”.
            Mas a Conferência Episcopal, instituição eclesiástica, não existe para anular o poder dos Bispos, instituição divina. O Papa emérito Bento XVI, quando Cardeal, falou sobre um dos “efeitos paradoxais do pós-concílio”: “A decidida retomada (no Concílio) do papel do Bispo, na realidade, enfraqueceu-se um pouco, ou corre até mesmo o risco de ser sufocada pela inserção dos prelados em conferências episcopais sempre mais organizadas, com estruturas burocráticas frequentemente pesadas. No entanto, não devemos esquecer que as conferências episcopais... não fazem parte da estrutura indispensável da Igreja, assim como querida por Cristo: têm somente uma função prática, concreta”. É, aliás, continua, o que confirma o Direito Canônico, que fixa os âmbitos de autoridade das Conferências, que “não podem agir validamente em nome de todos os bispos, a menos que todos e cada um dos bispos tenham dado o seu consentimento”, e quando não se trate de “matérias sobre as quais haja disposto o direito universal ou o estabeleça um especial mandato da Sé Apostólica”. E recorda o Código e o Concílio: “o Bispo é o autêntico doutor e mestre da Fé para os fiéis confiados aos seus cuidados”. “Nenhuma Conferência Episcopal tem, enquanto tal, uma missão de ensino: seus documentos não têm valor específico, mas o valor do consenso que lhes é atribuído pelos bispos individualmente”.

            E continua o Papa emérito: “O grupo dos bispos unidos nas Conferências depende, na prática, para as decisões, de outros grupos, de comissões específicas, que elaboram roteiros preparatórios. Acontece, além disso, que a busca de um ponto comum entre as várias tendências e o esforço de mediação dão lugar, muitas vezes, a documentos nivelados por baixo, em que as posições precisas são atenuadas”. E ele recorda que, em seu país, existia uma Conferência Episcopal já nos anos 30: “Pois bem, os textos realmente vigorosos contra o nazismo foram os que vieram individualmente de prelados corajosos. Os da Conferência, no entanto, pareciam um tanto abrandados, fracos demais com relação ao que a tragédia exigia” (A Fé em crise, IV).

1 comentários:

  1. A bênção, Dom Rifan!
    Perdoe-me desde pela ousadia, Revmo Sr. Arcebispo, mas resolvi dizer o que tenho visto em geral e particularmente na net acerca da CNBB e de seu comportamento como Conferencia Episcopal.
    Há horas em que aparentaria representar os Revmos Srs. Bispos, mas de fato, sabemos que ela não está a principio autorizada a fazê-lo; suas atribuições estão devidamente elucidadas no post, sendo de fato as mesmas que conheci acerca de suas atribuições..
    Então: a CNBB é criticadíssima na net, de ponta a ponta; praticamente desconheço quem a elogie, senão esquerdistas ou afinados a socialistas, como em blogs vermelhos, nos quais está sempre bem vista, inclusive junto aos comunistas da TL do ex frei L Boff & associados - a TL seria obra-prima da KGB para sutilmente disseminar sob aparências religiosas católicas o marxismo nas Américas - tendo sentido ao doutrinar um cristianismo socializado, imanente, o mesmo afinado ás ideologias marxistas, praticadas em locais como na ilha-prisão Cuba da dinastia dos irmãos Castro. Idem dos Kim Il Sung - o mais velho - e descendentes até hoje, etc.
    Naquele Congresso Intercontinental da TL em 2012 na Unisinos-RS, haviam bispos aparentando serem da Igreja católica, como D José Maria Pires, como sempre o MST e facções comunistas do PT, todos "sequiosos de promoverem" os pobres, os oprimidos etc., como na "libertaria" Cuba.
    A religião católica quando usada pelos comunistas é apenas trampolim para atingir o poder, depois é substituída pelo relativismo.
    Pois bem, as origens da CNBB não seria das melhores, a começar dos fundadores, como D Hélder - seria agente da KGB infiltrado na Igreja - e doutros vermelhos que comporiam sua direção até hoje ou seriam omissos, notando-se que desde então daria suporte mais aos esquerdistas que a outros movimentos, e o comprovaria a nunca ter se investido contra o PT, ao máximo emitindo pífias notinhas contra isso ou aquilo, como contra o aborto, a ideologia do gènero, pedofilia, paradas gays desonrando santos católicos etc., idem contra movimentos como as CEB - seria o berço do PT - CIMI, CPT e o MST etc., todos vinculados ao PT.
    Nunca fiz qualquer elogio à CNBB, mas me junto a opositores, como o saudoso D Luiz Bergonzini que a desafiava, como em 2010, por não se rebelar contra o PT-Dilma, abortista como programa oficial do partido etc.; de fato, uma traição à Igreja, silenciar-se logo diante dos comunistas que odeiam todas as religiões - mas a Cristo-Igreja católica em particular - além de comprovados véteros satanistas.
    Alguns Revmos bispos no Brasil são notórios por não acobertarem marxistas e suas ideologias, como o Revmo D Fernando Rifan, D Aluísio Oppermann, D Antônio Keller, D Aldo Pagotto, D José Cardoso Sobrinho e vários outros; por outro lado, há os que são malhados como D Pedro Casaldáliga, D Balduíno etc, tidos como fantoches vermelhos ou até seriam infiltrados na Igreja, processo que sucederia desde Lênin até hoje, bem sabemos, inclusive infiltrados no Vaticano II - caso Bugnini etc. - estando mais por detrás disso Satã, seus títeres maçons-subsidiários comunistas e o relativismo protestante.

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