Hoje celebramos a solenidade de São João
Batista, um dos santos “juninos”, ao lado de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro
(dia 29). Vale recordar, para nossa edificação, o exemplo daquele de quem Jesus
disse: “Entre todos os nascidos de mulher não surgiu quem fosse maior que João
Batista” (Mt 11,11).
João Batista, assim
cognominado pelo batismo que administrava, foi o precursor de Jesus, aquele que
o apresentou ao povo de Israel. Filho de Zacarias e Santa Isabel, foi
santificado ainda no seio materno quando da visita de Nossa Senhora, já grávida
do Menino Jesus. Por isso a Igreja festeja, no dia 24, o seu nascimento, ao
contrário de todos os outros santos, dos quais ela só comemora a morte, ou
seja, seu nascimento para o Céu.
Desde criança, retirou-se
para o deserto para fazer penitência e se preparar para sua futura missão. Alguns
acham que ele teria vivido entre os Essênios, comunidade monacal do deserto
vizinho ao Mar Morto. Ministrava ao povo o batismo de penitência, ao qual Jesus
também acorreu, por humildade. Sua pregação era: “Convertei-vos, pois o reino
dos Céus está próximo... Produzi fruto que mostre vossa conversão... Eu vos
batizo com água, para a conversão. Mas aquele que vem depois de mim é mais
forte do que eu. Eu não sou digno nem de levar suas sandálias. Ele vos batizará
com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3, 2, 8, 11).
Jesus, no começo do seu
ministério público, quis também, por humildade, misturando-se aos pecadores,
ser batizado por João. João quis recusar, dizendo: “Eu é que preciso ser
batizado por ti, e tu vens a mim?... Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da
água e o céu se abriu. E ele viu o Espírito de Deus descer, como uma pomba e
vir sobre ele. E do céu veio uma voz que dizia: ‘Este é o meu filho amado; nele
está o meu agrado’” (Mt 3, 14, 16-17).
São João Batista era o homem
da verdade, sem acepção de pessoas. Por isso admoestava o Rei Herodes contra o
seu pecado de infidelidade conjugal e incesto, o que atraiu a ira da amante do
rei, Herodíades, que instigou o rei a metê-lo no cárcere. No dia do aniversário
de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou na frente dos convivas, o que
levou o rei, meio embriagado, a prometer-lhe como prêmio qualquer coisa que
pedisse. A filha perguntou à mãe, que não perdeu a oportunidade de vingar-se
daquele que invectivava seu pecado. Fez a filha pedir ao rei a cabeça de João
Batista. João foi decapitado na prisão, merecendo o elogio de Jesus, por ser um
homem firme e não uma cana agitada pelo vento.
Assim, a virtude que mais
sobressai em João Batista, além da sua humildade e penitência, é a firmeza de
caráter, tão rara hoje em dia, quando muitos pensam ser virtude o saber “dançar
conforme a música”, ser uma cana que pende de acordo com o vento das opiniões,
o pautar a vida pelo que dizem ou acham e não pela consciência reta, voz de
Deus em nosso coração. João Batista foi fiel imitador de Jesus Cristo, caminho,
verdade e vida, que, como disse o poeta João de Deus, “morreu para mostrar que
a gente pela verdade se deve deixar matar”.
A bênção, D Rifan!
ResponderExcluirSe S João Batista estivesse em nosso tempo estaria duramente se contrapondo conforme foi postado no último parágrafo "dançar conforme a música", exatamente o que propõe a paganizada sociedade atual, melhor, exige que tudo seja inserido dentro "Politicamente Correto" da "Ditadura do Relativismo".
Há uma imensa culpa nossa nesse processo de degradação da sociedade de nós católicos, a começar do contrasenso de postarmos no poder justamente os inimigos de Deus e da Igreja, os comunistas, que a perseguem de forma acintosa e quer degradar-nos - têm conseguido - e nós mesmos vendo isso, não imaginaríamos que estamos postando no poder nossos verdadeiros algozes.
S João Batista jamais pactuaria hoje em dia com os supostos católicos defensores dos tais "respeito", "saber conviver com as diversidades", ser "tolerante", nunca ser "homofóbico" etc. por esses termos e outros mais estarem ideologizados, que no fundo não passam de tremendos relativismos; ou igualmente agiria com os inimigos da Igreja com "ternura, brandura e doçura e mais "uras" para não os "constranger", enquanto isso, a Igreja vai sendo pisoteada com as bênçãos dos adeptos dessas relativistas seitas fabiomelistas.