Hoje, dia 15, dia de Santa Teresa
de Jesus, grande mestra da vida espiritual, e exatamente por isso, é comemorado
o dia do professor. Deixo aqui consignada a minha saudação e gratidão a todos
os que se dedicam a essa nobre e benemérita carreira, difícil, mas nem sempre
reconhecida e condignamente gratificada. Mais do que uma profissão, educar é
uma arte, uma vocação e uma missão: formar, conduzir
crianças, jovens e adultos no caminho da verdade, sugerindo opiniões
conscientes, aconselhando e tornando-se amigos e irmãos dos seus alunos. Que
Deus os abençoe e lhes dê coragem, paciência e perseverança.
Ser professor é ser educador e mestre. E ser mestre é muito
mais do que ensinar matérias, como bem escreveu o nosso ilustre poeta Antônio
Roberto Fernandes, de saudosa memória: “Ser mestre não é só contar a história/
de um certo Pedro Álvares Cabral/ Mas descobrir, de novo, a cada dia,/ um mundo
grande, livre, fraternal. - Ser mestre não é só mostrar nos mapas/ onde se
encontra o Pico da Neblina/ Mas é subir, guiando os alunos,/ à montanha da vida
que se empina... Ser mestre é ser o pai, a mãe, o amigo,/ mostrando sempre a
direção da luz,/ pois a palavra Mestre – sobretudo –/ também é um dos nomes de
Jesus.”
A melhor definição de educação nós a
encontramos no Direito Canônico, conjunto de normas da Igreja (cânon 795): é a
formação integral da pessoa humana, dirigida ao seu fim último e, ao mesmo
tempo, ao bem comum da sociedade, de modo que as crianças e jovens possam
desenvolver harmonicamente seus dotes físicos, morais e intelectuais, adquirir
um sentido mais perfeito da responsabilidade e um uso correto da liberdade,
preparando-se para participar ativamente da vida social. Que missão nobre,
sublime e difícil a do professor-educador! Indicando aos alunos o sentido da
vida, ele vai ajudá-los a dominar seus instintos e a dirigi-los pela razão, a
desenvolver o conjunto de suas faculdades, a combater as más paixões e
desenvolver as boas, a adquirir o domínio de si e a orientar seus sentimentos,
levando em conta as diversas fases da vida e as características do seu
temperamento, formando assim sua personalidade e seu caráter. Sendo assim, o
mestre é cooperador da Graça de Deus, que, como Pai, só quer o bem dos seus
filhos.
Mas, será que vale a pena tanto
esforço por tão pouco reconhecimento e tão pouco salário? “Tudo vale a pena se
a alma não é pequena” (Fernando Pessoa). Se o professor trabalha por vocação,
sentir-se-á recompensado pelos frutos do seu trabalho, mesmo que não apareçam
imediatamente.
A você,
portanto, caro professor e querida professora, a nossa homenagem por ter
recebido de Deus tão nobre e importante missão e a nossa gratidão reconhecida
pelo seu trabalho, que não se mede pela produção imediata, mas por frutos,
muitas vezes escondidos, que só vão aparecer ao longo da vida e que estarão
escritos no livro da eternidade. “Os que educaram a muitos para a justiça
brilharão como estrelas para sempre” (Dn 12,3).
0 comentários:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo. Que Deus o abençõe.