AS OLIMPÍADAS
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro são uma ocasião para nossa
reflexão sobre os valores cristãos de disciplina, fraternidade, paz e
reconciliação do mundo, através dos esportes.
São Paulo Apóstolo
escrevendo aos Coríntios, familiarizados com os jogos olímpicos, partilhou a
admiração desses povos helenos pelas proezas dos atletas nos estádios, tirando
do seu exemplo lições para a nossa vida espiritual (cf. 1 Cor 9, 24-25).
A religião não é alheia ao esporte e a Igreja sempre apoiou o desporto
sadio. A finalidade do verdadeiro esporte é tornar o corpo são e dócil para que
paralelamente a alma possa se robustecer e enobrecer. Na alta Idade Média, a
verdadeira e não a falsa que muitas vezes historiadores superficiais tentam nos
impingir, houve uma florescência ideal do verdadeiro desporto cristão. O Barão
Pedro de Coubertin, renovador dos Jogos Olímpicos da atualidade, cuja
iniciativa foi encorajada pelo Papa São Pio X, assim escreve: “A Idade Média
conheceu um espírito desportivo de intensidade e vigor provavelmente superiores
aos que conheceu a própria antiguidade grega”. Ele atribui isso à influência
primordial da religião que criou uma atmosfera das mais favoráveis à eclosão e
desenvolvimento do espírito cavalheiresco que consiste na “lealdade praticada
sem hesitação” (Pierre de Coubertin, La Pédagogie Sportive). O cristianismo tem, pois, grande
influência no jogo limpo, no “fair-play”.
“As Olimpíadas são o maior
acontecimento esportivo mundial, nas quais participam atletas de muitas nações,
revestindo-se assim de um alto valor simbólico. É por isso que a Igreja
católica as olha com uma simpatia e atenção particulares”. Ele convidou os
católicos a rezar para que “segundo a vontade de Deus, os Jogos de Londres
sejam uma verdadeira experiência de fraternidade entre os povos da Terra”. “Eu
dirijo minhas saudações aos organizadores, aos atletas e aos expectadores, e eu
rezo para que, no espírito da trégua olímpica, a boa vontade gerada por este
acontecimento esportivo internacional traga frutos, promovendo a paz e a
reconciliação no mundo” (Bento XVI, no Ângelus de 22/7/2012, falando sobre os
Jogos Olímpicos de Londres).
“As potencialidades do fenômeno desportivo
tornam-no instrumento significativo para o desenvolvimento global da pessoa e
fator muito útil para a construção de uma sociedade mais humana. O sentido de
fraternidade, a magnanimidade, a honestidade e o respeito pelo corpo — sem
dúvida virtudes indispensáveis para todos os bons atletas — contribuem para a
edificação de uma sociedade civil na qual o ‘agonismo’ substitua o antagonismo,
o encontro prevaleça sobre a competição e o confronto leal sobre a
contraposição vingativa. Entendido desta maneira, o desporto não é um fim, mas
um meio; pode tornar-se veículo de civilização e distração genuína, estimulando
a pessoa a pôr em campo o melhor de si e a evitar o que pode ser perigoso ou de
grave prejuízo para si mesmo e para os outros” (Bento XVI, por ocasião do
campeonato europeu de futebol, citando São João Paulo II).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Rezemos para que as olimpiadas no nosso país contribua com uma civilização mais humana e pacifica.
ResponderExcluirIsso é bom
ResponderExcluir