O mês de agosto é o mês dos sacerdotes e das vocações, porque nele se
celebra o patrono de todos os padres, São
João Maria Vianney, o Cura ou Pároco da cidadezinha francesa de Ars, “modelo
sem par, para todos os países, do desempenho do ministério e da santidade do
ministro”, no dizer de São João Paulo II, paradigma para a nova
evangelização.
Nascido de uma família de camponeses católicos e muito
caridosos, João Maria tinha sete anos quando o Terror da Revolução Francesa
reinava em Paris e os padres eram exilados ou mortos. Recebeu a primeira
comunhão aos treze anos, durante o segundo Terror, quando a igreja de sua
cidade foi fechada e as tropas revolucionárias atravessavam a paróquia. O
governo revolucionário estabeleceu a constituição civil do clero e só os padres
que faziam esse juramento cismático eram conservados nos cargos. Os outros
padres, fiéis à Igreja e que não aceitavam aquele cisma, eram perseguidos, mas
atendiam secretamente os fiéis nos paióis das fazendas. Foi a visão desses
heróis da fé que fez surgir no jovem Vianney a sua vocação sacerdotal.
Candidato, pois, ao heroísmo e à cruz no ministério.
Enfrentou dificuldades no Seminário, donde chegou a
ser despedido por incapacidade nos estudos, teve problemas com o serviço
militar, conseguiu, porém, aos vinte e nove anos, ser ordenado sacerdote, mas
sem permissão para ouvir confissões. Após três anos, foi enviado a uma
pequeníssima paróquia, Ars, onde permaneceu durante 42 anos, até o fim da sua
vida.
“Há pouco amor de Deus nessa paróquia”, disse-lhe o
Vigário Geral ao nomeá-lo, “Vossa Reverendíssima procurará colocá-lo lá”. De
fato, Ars, nesse período pós Revolução Francesa, estava esquecida de Deus:
pouca frequência às Missas, trabalho contínuo nos domingos, bailes, blasfêmias,
etc. O Pe. Vianney começou com penitências e orações próprias. Pregação e
catequese contínuas, visitas às famílias e caridade para com os pobres. A
Igreja foi se enchendo. Ouvia confissões desde a madrugada até a noite.
Peregrinos de toda a França acorriam a Ars, chegando a cem mil por ano. Suas
pregações eram assistidas por bispos e cardeais. Seu catecismo era ouvido por
grandes pregadores que ali vinham aprender com tanta sabedoria. Morreu aos 74
anos, esgotado pelas penitências e trabalhos apostólicos no ministério
sacerdotal. Dizia esse herói da Fé: “É belo morrer depois de ter vivido na
cruz”.
Por que razão a Igreja escolheu este santo tão simples
para patrono dos padres? Porque sua vida demonstra a nulidade humana e a
grandeza do poder de Deus. Para que aprendamos que não são nossos dotes e
qualidades humanas que salvam as almas: Deus é que é o protagonista de toda
ação pastoral. Por isso também o escolhemos para patrono de nossa União
Sacerdotal, transformada pela Santa Sé em Administração Apostólica.
Que todos os fiéis, os grandes interessados, rezem
pelos nossos sacerdotes e seminaristas, para que eles imitem a humildade,
pobreza, retidão, zelo e fidelidade desse grande herói do ministério
sacerdotal, que tanto honrou o sacerdócio paroquial e a Igreja de Cristo.
Rezemos para que o nosso clero procure seguir o exemplo de São João Maria Vianney
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ResponderExcluirComo disse São Paulo:Tudo posso naquele que me fortalece.
ResponderExcluirE mais ainda é na fraqueza humana que se manifesta a graça de Deus.
Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus.E em união com Cristo poderemos dizer Não sou mais eu é Cristo que vive em mim.
São João Maria Vianney,Rogai por nós!