No próximo domingo, a Igreja celebra
o dia mundial das Missões. Em sua mensagem para esse dia das Missões, com o
tema “Igreja missionária, testemunha de misericórdia”, o Papa Francisco ensina
que “o Jubileu Extraordinário da
Misericórdia, que a Igreja está vivendo, proporciona uma luz particular também
ao Dia Mundial das Missões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de
misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das
Missões, todos somos convidados a ‘sair’, como discípulos missionários, pondo
cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e
experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família
humana inteira. Em virtude do mandato missionário, a Igreja tem a peito quantos
não conhecem o Evangelho, pois deseja que todos sejam salvos e cheguem a
experimentar o amor do Senhor. Ela ‘tem a missão de anunciar a
misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho’ (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em
todos os cantos da terra, até alcançar toda a mulher, homem, idoso, jovem e
criança”.
É
claro que essa atividade missionária requer empenho e sacrifício, para
secundarmos assim a ação de Deus, já que ele quis usar de nós: “Em muitos lugares, a evangelização parte
da atividade educativa, à qual o trabalho missionário dedica esforço e tempo,
como o vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência para esperar os
frutos depois de anos de lenta formação; geram-se assim pessoas capazes de
evangelizar e fazer chegar o Evangelho onde ninguém esperaria vê-lo realizado.
A Igreja pode ser definida ‘mãe’, mesmo para aqueles que poderão um dia chegar
à fé em Cristo. Espero, pois, que o povo santo de Deus exerça o serviço materno
da misericórdia, que tanto ajuda os povos que ainda não conhecem o Senhor a
encontrá-Lo e a amá-Lo. Com efeito, a fé é dom de Deus, e não fruto de
proselitismo; mas cresce graças à fé e à caridade dos evangelizadores, que
são testemunhas de Cristo. Quando os discípulos de Jesus percorrem as estradas
do mundo, é-lhes pedido aquele amor sem medida que tende a aplicar a todos a
mesma medida do Senhor...”.
A missão que Jesus confiou à sua Igreja é universal, para todos os
povos: “Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que
é dom de Deus para todos... Os missionários sabem, por experiência, que o
Evangelho do perdão e da misericórdia pode levar alegria e reconciliação,
justiça e paz. O mandato do Evangelho – ‘Ide, pois, fazei discípulos de todos os
povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os
a cumprir tudo quanto vos tenho mandado’ (Mt 28, 19-20) – não terminou, antes pelo
contrário impele-nos a todos, nos cenários presentes e desafios atuais, a
sentir-nos chamados para uma renovada ‘saída’ missionária: cada cristão e cada
comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos
somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a
coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”.
Peçamos a Jesus que nos ajude a evangelizar.
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