Domingo passado foi o dia internacional da mulher, ocasião para
prestarmos nossa homenagem a elas, pela sua grande dignidade e valor diante de
Deus e dos homens.
“Cristo
se constituiu, perante os seus contemporâneos, promotor da verdadeira dignidade
da mulher e da vocação correspondente
a tal dignidade. Devemos nos colocar no contexto do ‘princípio’ bíblico, no
qual a verdade revelada sobre o homem como ‘imagem e semelhança de Deus’
constitui a base imutável de toda a antropologia cristã. ‘Deus
criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, criou-os homem e mulher’
(Gn 1, 27). Os dois são seres humanos, em grau igual, ambos criados à
imagem de Deus” (S. João Paulo II, Mulieris
dignitatem, sobre a dignidade e a vocação da mulher).
Mas, “a igualdade de dignidade
não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a
sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da
feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo
Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente,
para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características
complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher,
26/5/1995).
Repetimos as palavras do Papa
Francisco: “Agradeço
a todas as mulheres que, todos os dias, procuram construir uma sociedade mais
humana e acolhedora.” E as de S. João Paulo II:
“Obrigado a
ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e
no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela
criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do
seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida. Obrigado a
ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao
de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida”.
“Obrigado a
ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao
núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua
sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância. Obrigado
a ti, mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da
vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição
indispensável que dás à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e
sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do ‘mistério’, à
edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade”. “Obrigado
a ti, mulher-consagrada, que, a exemplo da maior de todas as
mulheres, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado, te abres com docilidade e
fidelidade ao amor de Deus, ajudando a Igreja e a humanidade inteira a viver
para com Deus uma resposta ‘esponsal’, que exprime maravilhosamente a comunhão
que Ele quer estabelecer com a sua criatura”.
“Obrigado a
ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com
a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do
mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas” (Carta às Mulheres,
de 29/6/1995).
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