A Quaresma é
um tempo de conversão, penitência, oração e esmolas, para nos prepararmos para
celebrar o grande mistério da Ressurreição do Senhor. A Igreja no Brasil,
incentivando-nos a esses exercícios espirituais, convida-nos também, todos os
anos, nesse período quaresmal, a um gesto concreto na área caritativa e social,
através da Campanha da Fraternidade.
“Durante quarenta dias”, escreve o Papa
Francisco em sua mensagem, “somos convidados a refletir sobre o significado
mais profundo da vida, certo de que somente em Cristo e com Cristo encontramos
resposta para o mistério do sofrimento e da morte. Não fomos criados para a
morte, mas para a vida e a vida em plenitude, a vida eterna (cf. Jo 10,10)”.
“Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a
Igreja do Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade,
anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e
irmãs mais necessitados”.
A Campanha da Fraternidade desse ano tem como
tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e como lema “Viu, sentiu
compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34), passagem do Evangelho que nos lembra o
exemplo de caridade do Bom Samaritano: “Vai e faze tu o mesmo”, nos ensina
Jesus. O cartaz da campanha traz a imagem da Santa Dulce dos Pobres, cuidando
dos necessitados, exemplo concreto de caridade que devemos imitar.
Este tema “Fraternidade e vida”, alerta-nos
sobre o valor da vida, dom de Deus, e da nossa responsabilidade e compromisso
de cuidar dela em todas as suas instâncias. Bela ocasião para se recordar a
doutrina da Igreja contra o aborto e a eutanásia. E o Papa nos ensina que “a
superação da globalização da indiferença só será possível se nos dispusermos a
imitar o Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Esta Parábola, que tanto nos
inspira a viver melhor o tempo quaresmal, nos indica três atitudes
fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. À semelhança de Deus, que ouve o
pedido de socorro dos que sofrem (cf. Sl 34, 7), devemos abrir nossos corações
e nossas mentes para deixar ressoar em nós o clamor dos irmãos e irmãs
necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados (cf. Mt 25,
34-40)”.
“A Quaresma é um tempo propício para que,
atentos à Palavra de Deus que nos chama à conversão, fortaleçamos em nós a
compaixão, e nos deixemos interpelar pela dor de quem sobre e não encontra quem
o ajude. É um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade, no
cuidado. ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia’
(Mt 5, 7)”.
E Francisco conclui pedindo a
intercessão da nossa Santa Dulce dos Pobres, “que foi apresentada pelos Bispos
do Brasil como modelo para todos os que veem a dor do próximo, sentem compaixão
e cuidam” para que a “Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente
vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleza o valor da vida,
como dom e compromisso”.
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