Vi
certa vez um desenho gráfico animado alemão, que descrevia um jovem sobre uma
ponte querendo suicidar-se. Chega, então, uma jovem tentando convence-lo a não
fazer aquilo. Ela lhe diz: Você cré em Deus? Ele responde: sim. Ela se aproxima
mais dele e diz: “Oh! Glória! Que bom!” Você é cristão?” Ela se aproxima mais
dele, que responde: “Sou sim”. Aleluia! diz ela, eu também. E se aproxima mais.
Você é de qual denominação? Ele diz: “De tal”. Ela exclama: “Aleluia! Eu
também”. E chega mais para perto. Ela insiste: “Mas de qual convenção: a do ano
1800 e tanto ou de 1900 e tanto?” Ele responde: “A de 1900 e tanto”. Ela, já do
lado dele, empurra-o, gritando: “Morre, desgraçado, eu sou da convenção de 1800
e tanto!
Essa ficção retrata como a paixão e
o fanatismo podem cegar as pessoas, nas divisões e ideologias. Ausência total
de compreensão e caridade, numa total rejeição de qualquer diferença. Espírito
sectário. E isso lamentavelmente existe também entre os cristãos.
A Epístola aos Gálatas, tema da
nossa meditação neste mês da Bíblia, nos ensina essa união na caridade, virtude
cristã por excelência, que procede da fé. “Com efeito, em Jesus Cristo, o que
vale é a fé agindo pelo amor: “fides, quae per caritatem operatur” (Gl 5, 6).
Fariseu de nascimento e formação
teológica, Paulo Apóstolo se converteu ao cristianismo, depois do seu encontro
pessoal com o Senhor Jesus na estrada de Damasco. Sendo judeu de cultura
greco-romana, ele se formou nas comunidades helenistas de Damasco, sendo
missionário em Antioquia, na Síria, onde havia judeus helenistas e gentios
convertidos, uma realidade multicultural e multirracial. Daí terem surgidos
desavenças que ele procura corrigir: “Não há mais judeu ou grego, escravo ou
livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3, 28).
“Mas se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes
consumidos uns pelos outros!” (Gl 5, 15).
“... infelizmente, este ‘morder e devorar’ existe também hoje na Igreja
como expressão duma liberdade mal interpretada. Porventura será motivo de
surpresa saber que nós também não somos melhores do que os Gálatas? Que pelo menos
estamos ameaçados pelas mesmas tentações? Que temos de aprender sempre de novo
o reto uso da liberdade? E que devemos aprender sem cessar a prioridade
suprema: o amor?” (Bento XVI, carta aos Bispos 10-3-2009).
Essa ideia de unidade e paz na
comunidade, São Paulo a reforça na Epístola à Igreja em Corinto, onde também
havia divisões e rixas. Ele queria combater todo o espírito sectário, que pode
aparecer entre os cristãos: “Irmãos, eu vos exorto, pelo nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, a que estejais todos de acordo no que falais e não haja divisões
entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos no mesmo pensamento e na mesma
intenção... Informaram-me que está havendo discórdias entre vós. Digo isso,
porque cada um de vós diz: ‘Eu sou de Paulo’; outro: ‘Eu sou de Apolo’; outro:
‘eu sou de Cefas’; outro: ‘Eu sou de Cristo’. Acaso Cristo está dividido? Acaso
foi Paulo crucificado por vós? Ou foi no nome de Paulo que fostes
batizados?...” (1Cor 1, 10-13).
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney
http://domfernandorifan.blogspot.com.br/
DIZ UM DITADO FILOSÓFICO QUE OS HOMENS DE TODOS OS TEMPOS SÃO OS MESMOS E, PELOS PROCEDIMENTOS ATUAIS, VOLTEMOS À ÉPOCA DO SENHOR JESUS E NOTEMOS A EXISTENCIA DO SECTARISMO E CHANTAGENS DESDE ÀQUELA ÉPOCA - HOJE, POR EX., O ALIENANTE E RELATIVISTA PROTESTANTISMO, DENTRE MAIS RELIGIÕES PAGÃS E GNÓSTICAS!
ResponderExcluirA Yoga, por ex., tão praticada por muitos católicos, com apoios até de párocos, é uma dessas falsas religiões pagãs, além de ser panteísta e reencarnacionista e de prática de uma tal meditação "transcendental" numa certa postura yoguin, conta até com sedizentes católicos aderindo-se a ela - quanta ignorância generalizada até de sacerdotes que deveriam reprovar adesão a essa falsa religião oriental que é radicalmente oposta ao cristianismo!
"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza". Mt 6,24.