POBREZA E CARIDADE

 

Segundo o Governo Federal, 2,8 milhões de famílias vivem em pobreza, com renda entre R$ 90 e 178 per capita mensais. É considerada família vivendo em extrema pobreza aquela com renda per capita de até R$ 89 mensais. Seriam essas 14,5 milhões de famílias brasileiras. A Folha da Manhã nos informa que, na região, cerca de 50 mil famílias vivem na extrema pobreza.

Em sua mensagem para o V Dia Mundial dos Pobres, que comemoramos no domingo passado, o Papa Francisco usa como tema a frase de Jesus: “«Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7) e resume: “Os pobres estão no meio de nós”. É isso um convite à caridade e solidariedade cristãs, sempre presentes na Igreja, a maior instituição caritativa do planeta.

Se a Igreja Católica saísse da África, 60% das escolas e hospitais seriam fechados. Quando a epidemia de AIDS estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer, as freiras da Igreja foram convidadas a cuidar dos doentes, porque ninguém mais queria fazê-lo. No Brasil, até 1950, quando não existia nenhuma política de saúde pública, eram as casas de caridade da Igreja que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital.

               A Igreja Católica mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância. Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância.

               Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos; 60 orfanatos; 90 jardins de infância.

               Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância.

               É o que você, católico, ajuda, quando oferece na Igreja, no dia 29 de junho, o óbolo de São Pedro, que é enviado ao Papa, que o usa nas obras de caridade da Igreja.

               E tudo isso sem muito alarde e propaganda. Assim nos ensina Jesus: “Quando deres esmola, não mandes tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para receber a glória humana. Em verdade, vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, de modo que tua esmola fique em segredo. E teu Pai, que vê o que está em segredo, te retribuirá” (Mt 6, 2-4).

               O amor aos pobres inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças e no exemplo de Jesus com a sua constante atenção aos pobres. Jesus disse: «Todas as vezes que fizerdes isto a um só destes irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). O amor aos pobres manifesta-se na ação contra a pobreza material e contra as numerosas formas de pobreza cultural, moral e religiosa. As obras de misericórdia, espirituais e corporais e as numerosas instituições de beneficência que surgiram ao longo dos séculos, constituem um concreto testemunho do amor preferencial pelos pobres que caracteriza os discípulos de Jesus” (Compendio CIC 520).

 

        *Bispo da Administração Apostólica Pessoal

                                                                         São João Maria Vianney

                                                                         http://domfernandorifan.blogspot.com.br/

 

 

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