“Transcorridos muitos séculos
desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; - séculos depois
de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris,
sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão,
nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de
Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel; - na
septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta
Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de
Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no
quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava
a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO
DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por
obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da
Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana.
Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco”. Este é o solene
anúncio oficial do Natal, feito pela Igreja na primeira Missa da noite de
Natal!
O Natal é a primeira festa
litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou
ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da
Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal
de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse
reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer
se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e
do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por
quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se fez carne,
incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou
a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser servo de
Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que
tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre nós,
o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.
São
Francisco de Assis inventou o presépio, a representação iconográfica do
nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior
acontecimento da história da humanidade, seu marco divisor, fonte de inspiração
para pintores e místicos.
Que
tal se fizéssemos um Natal contínuo, pensando mais no divino Salvador, na sua
doutrina, no seu amor, nas virtudes que nos ensinou, unindo-nos mais a ele pela
oração e encontro pessoal com ele, imitando o seu exemplo, praticando as obras
de misericórdia, convivendo melhor com nossa família...
Desse modo a mensagem do Natal vai continuar durante
todo o Ano Novo, que assim será abençoado e feliz. FELIZ NATAL E
ABENÇOADO ANO NOVO!
Excelente reflexão que nos ajuda a viver melhor o santo natal. Por isso peçamos ao menino Jesus que nos santifique.
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