Em sua mensagem para o
XLIX dia mundial da Paz, que se celebra no próximo dia 1º de janeiro, sob o
título “Vence a indiferença e conquista a paz”, o Papa Francisco nos lembra de
que “Deus não é indiferente;
importa-Lhe a humanidade! Deus não a abandona!” E continua: “Com esta minha profunda convicção, quero, no início do
novo ano, formular votos de paz e bênçãos abundantes, sob o signo da esperança,
para o futuro de cada homem e mulher, de cada família, povo e nação do mundo, e
também dos chefes de Estado e de governo e dos responsáveis das religiões. Com
efeito, não perdemos a esperança de que o ano de 2016 nos veja a todos firme e
confiadamente empenhados, nos diferentes níveis, a realizar a justiça e a
trabalhar pela paz. Na verdade, esta é dom de Deus e trabalho dos homens; a paz
é dom de Deus, mas confiado a todos os homens e a todas as mulheres, que são
chamados a realizá-lo”.
E o Papa nos exorta à esperança,
apesar dos males que nos acometeram nesse ano que termina, que nos fez temer
uma terceira guerra mundial: “Embora o ano passado tenha sido caracterizado, do
princípio ao fim, por guerras e atos terroristas, com as suas trágicas
consequências de sequestros de pessoas, perseguições por motivos étnicos ou
religiosos, prevaricações, multiplicando-se cruelmente em muitas regiões do
mundo, a ponto de assumir os contornos daquela que se poderia chamar uma
‘terceira guerra mundial por pedaços’, todavia alguns acontecimentos dos
últimos anos e também do ano passado incitam-me, com o novo ano em vista, a
renovar a exortação a não perder a esperança na capacidade que o homem tem, com
a graça de Deus, de superar o mal, não se rendendo à resignação nem à indiferença.
Tais acontecimentos representam a capacidade de a humanidade agir
solidariamente, perante as situações críticas, superando os interesses
individualistas, a apatia e a indiferença”.
A grande esperança está nesse Ano
Santo: “Nesta mesma perspectiva, com o Jubileu da Misericórdia, quero convidar
a Igreja a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração
humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de
‘perdoar e dar’, de abrir-se ‘àqueles que vivem nas mais variadas periferias
existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática’,
sem cair ‘na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e
impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói’” (Misericordiae
vultus, 14-15).
E o Papa salienta as principais formas de indiferença: “A primeira forma
de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual
deriva também a indiferença para com o próximo e a criação. Trata-se de um dos
graves efeitos dum falso humanismo e do materialismo prático, combinados com um
pensamento relativista e niilista. O homem pensa que é o autor de si mesmo, da
sua vida e da sociedade; sente-se autossuficiente e visa não só ocupar o lugar
de Deus, mas prescindir completamente d’Ele; consequentemente, pensa que não
deve nada a ninguém, exceto a si mesmo, e pretende ter apenas direitos...”
Concordo com Dom Fifan. Na verdade muita gente vive como pagão, apesar de ser batizado, por isso peçamos ao nosso Salvador que nos ajude a viver melhor a nossa fé.
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