Celebramos hoje a Solenidade da Epifania do Senhor, dia de Reis. “Epifania”
é uma palavra grega que significa “manifestação”. Foi o dia da manifestação de
Jesus como Salvador de todos os povos, na pessoa dos Reis do Oriente, os Magos
ou Sábios, que vieram visitar o Menino Jesus em Belém, o Rei dos Reis (Ap 19,
16), o “Príncipe da Paz” (Is 9, 5).
Deus
usa de vários meios para chamar a si as pessoas, meios adaptados à
personalidade e às condições de cada um. Aos pastores, judeus, já
familiarizados com as revelações divinas do Antigo Testamento, Deus chamou
através dos anjos, mensageiros da boa nova do nascimento de Jesus. Os Magos,
porém, eram pagãos, da Arábia. Mas como eram astrônomos e astrólogos, Deus os
chamou através de uma estrela misteriosa. Jesus não discrimina ninguém: no seu
presépio vemos pobres e ricos, judeus e árabes. Todos são bem-vindos ao berço
do pacífico Menino Deus. Já se vislumbra assim que Jesus é e será a fórmula da
paz para o Oriente Médio.
Jesus veio nos
trazer a verdadeira paz, a sua paz. “Dou-vos a minha paz. Não é à maneira do
mundo que eu a dou” (Jo 14, 27). “Seu nome será... Príncipe da Paz” (Is 9,5).
Esse foi o cântico dos anjos na noite de Natal: “Glória a Deus no mais alto dos
céus, e, na terra, paz aos que são do seu agrado!” (Lc 2, 14). E a sua primeira
saudação aos Apóstolos depois da Ressurreição foi: “A paz esteja convosco!” (Jo
20, 19 ss).
Em
sua mensagem de Natal “Urbi et Orbi” deste último Natal, o Papa Francisco falou
da paz no mundo e pediu a oração pela paz:
“Ele, só Ele, nos pode salvar. Só a
Misericórdia de Deus pode libertar a humanidade de tantas formas de mal – por
vezes monstruosas – que o egoísmo gera nela. A graça de Deus pode converter os
corações e suscitar vias de saída em situações humanamente irresolúveis. Onde
nasce Deus, nasce a esperança: Ele traz a esperança. Onde nasce Deus, nasce a
paz. E, onde nasce a paz, já
não há lugar para o ódio e a guerra. E, no entanto, precisamente lá onde
veio ao mundo o Filho de Deus feito carne, continuam tensões e violências, e a
paz continua um dom que deve ser invocado e construído. Oxalá israelitas e
palestinenses retomem um diálogo direto e cheguem a um acordo que permita a
ambos os povos conviverem em harmonia, superando um conflito que há muito os
mantém contrapostos, com graves repercussões na região inteira”.
“Ao Senhor, pedimos que o entendimento
alcançado nas Nações Unidas consiga quanto antes silenciar o fragor das armas
na Síria e pôr remédio à gravíssima situação humanitária da população
exausta... Penso ainda em quantos foram atingidos por hediondos atos
terroristas, em particular pelos massacres recentes ocorridos nos céus do
Egito, em Beirute, Paris, Bamaco e Túnis. Aos nossos irmãos, perseguidos em
muitas partes do mundo por causa da sua fé, o Menino Jesus dê consolação e
força. São os nossos mártires de hoje”.
Aprendamos com a Sagrada Família de Belém, do Egito e de Nazaré, a paz e a harmonia, de que tanto o mundo precisa.
Peçamos ao nosso Salvador, Jesus Cristo, que aumente a nossa fé
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