Hoje celebramos a
solenidade do glorioso mártir São Sebastião, padroeiro da Cidade maravilhosa e
do nosso Estado do Rio de Janeiro.
Segundo
nos explica Dom Orani João Tempesta, Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio
de Janeiro, ele nasceu em Narbona, uma cidade ao Sul da França, no século
III. Era filho de uma família ilustre. Ficou órfão do pai ainda menino, e
então, foi levado para Milão por sua mãe, onde passou os primeiros anos da
infância e juventude.
A mãe
educou-o com esmero e muito zelo. Ele ingressou no exército imperial, e, por
sua cultura e grande capacidade atingiu os mais altos graus da hierarquia
militar, chegando a ocupar o posto de Comandante do Primeiro Tribunal da Guarda
Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores
romanos, perseguidor dos cristãos.
Foi
denunciado ao Imperador como sendo cristão. Mesmo sendo um bom soldado romano,
suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, diante de todos, confessou
bravamente sua convicção. Foi acusado, então, de traição. Na época, o imperador
tinha abolido os direitos civis dos cristãos. Por não aceitar renunciar a
Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de
árvore e flechado. Porém, não morreu ali. Foi encontrado vivo por uma mulher
cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Diante do ocorrido,
recuperada a saúde, apresentou-se diante do Imperador e reafirmou sua convicção
cristã. E nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio
no Circo. Sebastião foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo,
sendo açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino.
Era 20 de janeiro.
Seu
corpo foi resgatado e levado para as catacumbas romanas com grande honra e
piedade. Sua fama se espalhou rapidamente. Suas relíquias repousam sobre a
Basílica de São Sebastião, na via Apia, em Roma. O Papa Caio escolheu-o
como defensor da Igreja e da fé.
Nesses
tempos de grande negação da fé e de valores espirituais e religiosos, humanos e
sociais, São Sebastião torna-se um grande modelo de ajuda para nós hoje,
principalmente aos jovens, envoltos em grande confusão moral e espiritual. Ele
é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo com as pressões contrárias. Dessa
forma, ele continua anunciando Jesus Cristo, por quem viveu, até os dias de
hoje. Ele nos ensina a não desanimarmos com as flechadas que recebemos e a
continuarmos firmes na fé.
Um mártir não deve ser um estranho para nós. Ainda
em pleno século XXI encontramos irmãos e irmãs nossas que são mortos em tantos
países, outros têm ainda seus direitos civis cassados por serem cristãos,
outros são condenados à prisão ou à morte por aderirem ao Cristianismo, e ainda
são expulsos de suas cidades e suas igrejas queimadas. Além disso, muitos são
martirizados em sua fama, em sua honra e tantas outras maneiras modernas de
“matar” pessoas por causa da fé ou de suas convicções cristãs.
Peçamos a São Sebastião que rogue a Jesus por nós e procuremos seguir o seu exemplo de vida com fé e coerência.
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