Continuo nesse artigo a citar pérolas do último livro
do Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino, com o
título “A Força do Silêncio - contra a ditadura do barulho”, pois se trata do
Cardeal encarregado pelo Papa de velar pela Liturgia na Igreja.
“Não
pretendo ocupar nosso tempo opondo uma liturgia à outra, ou o rito de São Pio V
ao do Beato Paulo VI. Mas trata-se de entrar no grande silêncio da liturgia; é
preciso saber deixar-se enriquecer por todas as formas litúrgicas latinas ou
orientais que privilegiam o silêncio. Sem este espírito contemplativo, a
liturgia se tornará uma ocasião de dilacerações odiosas e de enfrentamentos
ideológicos em vez de ser o lugar da nossa unidade e da nossa comunhão no
Senhor. Este é o momento de entrar neste silêncio litúrgico, voltados para o
Senhor, que o Concílio quis restaurar”.
“O
que vou dizer agora não entra em contradição com minha submissão e minha
obediência à autoridade suprema da Igreja. Desejo profunda e humildemente
servir a Deus, a Igreja e ao Santo Padre, com devoção, sinceridade e apego
filial. Mas eis aqui a minha esperança: se Deus quiser, quando ele quiser e
como ele quiser, na liturgia, a reforma da reforma será feita. Apesar do ranger
de dentes, ela virá, pois nela está em jogo o futuro da Igreja”.
“Estragar
a liturgia é destruir nossa relação com Deus e a expressão concreta de nossa fé
cristã. A Palavra de Deus e o ensinamento doutrinal da Igreja são ainda
ouvidos, mas as almas que desejam voltar-se para Deus, oferecer-lhe o
verdadeiro sacrifício de louvor e adorá-lo, já não são cativadas por liturgias
demasiadamente horizontais, antropocêntricas e festivas, assemelhadas muitas
vezes a acontecimentos culturais barulhentos e vulgares. Os meios de
comunicação invadiram totalmente e transformaram em espetáculo o Santo
Sacrifício da Missa, memorial da morte de Jesus na cruz para a salvação das
nossas almas. O sentido do mistério desaparece pelas mudanças, pelas adaptações
permanentes, decididas de forma autônoma e individual para seduzir nossas
mentalidades modernas profanadoras, marcadas pelo pecado, pelo secularismo,
pelo relativismo e pela rejeição de Deus”.
“Em muitos países do Ocidente, vemos os pobres abandonar a Igreja católica, pois ela foi tomada de assalto por pessoas mal intencionadas que se fazem passar por intelectuais e que desprezam os pequenos e os pobres. Eis o que o Santo Padre deve denunciar em alto e bom som, pois uma Igreja sem os pobres não é mais a Igreja, mas um simples ‘clube’. Atualmente, no Ocidente, quantos templos vazios, fechados, destruídos ou transformados em estruturas profanas, violando sua sacralidade e seu destino original! Apesar disso, conheço numerosos sacerdotes e fiéis que vivem sua fé com um zelo extraordinário e lutam diariamente para preservar e enriquecer as casas de Deus. Devemos urgentemente redescobrir a beleza, a sacralidade e a origem divina da liturgia...”.
“Em muitos países do Ocidente, vemos os pobres abandonar a Igreja católica, pois ela foi tomada de assalto por pessoas mal intencionadas que se fazem passar por intelectuais e que desprezam os pequenos e os pobres. Eis o que o Santo Padre deve denunciar em alto e bom som, pois uma Igreja sem os pobres não é mais a Igreja, mas um simples ‘clube’. Atualmente, no Ocidente, quantos templos vazios, fechados, destruídos ou transformados em estruturas profanas, violando sua sacralidade e seu destino original! Apesar disso, conheço numerosos sacerdotes e fiéis que vivem sua fé com um zelo extraordinário e lutam diariamente para preservar e enriquecer as casas de Deus. Devemos urgentemente redescobrir a beleza, a sacralidade e a origem divina da liturgia...”.
Que Deus proteja e ilumine o cardeal Sarah, bem como a Dom Fernando para que eles continuem guardando e mantendo a Tradição com fidelidade aos ensinamentos de Cristo e da Igreja. Deus os abençoe, para que eles continuem a nos mostrar o caminho que nos leve ao céu.
ResponderExcluirDepois do vaticano II e da reforma na liturgia, nós perdemos 30 por cento do nosso povo. Seria bom que a CNBB refletisse isso.
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