No último dia 11, dia de
Nossa Senhora de Lourdes, é o XXIX dia mundial do doente, por instituição do
Papa Francisco. “O tema deste ano inspira-se no trecho evangélico em que
Jesus critica a hipocrisia de quantos dizem, mas não fazem (cf. Mt 23,
1-12). Quando a fé fica reduzida a exercícios verbais estéreis, sem se envolver
na história e nas necessidades do outro, então falha a coerência entre o credo
professado e a vida real. O risco é grave; Jesus, para acautelar do perigo de
derrapagem na idolatria de si mesmo, usa expressões fortes e afirma: «Um só
é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos» (23, 8)”.
O
Papa Francisco assinala que “é momento propício para prestar uma atenção
especial às pessoas doentes e a quantos as assistem quer nos centros sanitários
quer no seio das famílias e comunidades. Penso de modo particular nas pessoas
que sofrem em todo o mundo os efeitos da pandemia do coronavírus. A todos, especialmente aos mais pobres e
marginalizados, expresso a minha proximidade espiritual, assegurando a
solicitude e o afeto da Igreja”.
“Esta crítica feita
por Jesus àqueles que ‘dizem e não fazem’ (Mt
23, 3) é sempre salutar para todos, pois ninguém está imune do mal da
hipocrisia, um mal muito grave, cujo efeito é impedir-nos de desabrochar como
filhos do único Pai, chamados a viver uma fraternidade universal. Como reação à
necessidade em que versa o irmão e a irmã, Jesus apresenta um modelo de
comportamento totalmente oposto à hipocrisia: propõe deter-se, escutar,
estabelecer uma relação direta e pessoal, sentir empatia e enternecimento,
deixar-se comover pelo seu sofrimento até lhe valer e servir (cf. Lc 10,
30-35)”.
“A experiência da
doença faz-nos sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade
natural do outro. Torna ainda mais nítida a nossa condição de criaturas,
experimentando de maneira evidente a nossa dependência de Deus. De fato, quando
estamos doentes, a incerteza, o temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e
o coração; encontramo-nos numa situação de impotência, porque a saúde não
depende das nossas capacidades nem do nosso afã (cf. Mt 6,
27). A doença obriga a questionar-se sobre o sentido da vida; uma pergunta que,
na fé, se dirige a Deus. Nela, procura-se um significado novo e uma direção
nova para a existência e, por vezes, pode não encontrar imediatamente uma
resposta. Os próprios amigos e familiares nem sempre são capazes de nos ajudar
nesta busca afanosa”.
E o Papa cita o
exemplo de Job, cuja esposa e amigos não o sustentam na desventura. Job cai num
estado de abandono e confusão. Mas é então que se volta para Deus, “que acaba
por responder abrindo-lhe um novo horizonte: confirma que o seu sofrimento não
é uma punição nem um castigo, tal como não é distanciamento de Deus nem sinal
de indiferença d’Ele. E assim, do coração ferido e recuperado de Job, brota
aquela vibrante e comovente declaração ao Senhor: «Os meus ouvidos tinham
ouvido falar de Ti, mas agora veem-Te os meus próprios olhos» (Job 42,
5)”.
Esse foi o dia em que muitos receberam a Unção dos Enfermos, moribundos ou idosos para passarem para a vida eterna sem pecados, mesmo as penas deles via bênção apostólica do sacerdote, podendo gozar eternamente da gloria de Deus - sem passar pelo purgatório pra purgá-los!
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