Dia
8 próximo, comemora-se o dia internacional da mulher. Como todos os anos, a
elas prestamos nossa homenagem, por sua grande dignidade e valor diante de Deus
e dos homens. A todas a mulheres, o nosso respeito e a nossa imensa gratidão.
Recordamos
que foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos
testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade
conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos
isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o
cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era
um fenômeno raro. Galeno, médico grego do século II, ficava impressionado com a
retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são
obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do
matrimônio.
Mas, “a igualdade
de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as
mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores
próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados
pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se
mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum
com as características complementares do que é feminino e masculino” (S.
João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).
As
mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar
digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo
próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e
orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a
Igreja Católica construiu a civilização ocidental”).
Infelizmente hoje, e
a Campanha da Fraternidade vem nos advertir para isso, a dignidade da mulher
nem sempre é reconhecida, sendo ela objeto de agressões. No mês passado, o Papa
Francisco fez o seu pedido ao mundo para que rezássemos pelas mulheres que
sofrem diversas formas de maus-tratos. O forte apelo do Pontífice é contra os
diferentes tipos de violência que têm gerado um “número impressionante” de
mulheres “espancadas, ofendidas e violadas”. Diante desse tipo de “covardia e
degradação para toda a humanidade”, Francisco pede que elas sejam protegidas
pela sociedade e que os sofrimentos das vítimas, através do “grito de socorro”,
sejam escutados. “Hoje, ainda
existem mulheres que sofrem violência. Violência psicológica, violência verbal,
violência física, violência sexual. O número de mulheres espancadas, ofendidas
e violadas é impressionante. As diversas formas de maus-tratos que muitas
mulheres sofrem são uma covardia e uma degradação para toda a humanidade. Para
os homens e para toda humanidade. Os testemunhos das vítimas que se atrevem a
quebrar o silêncio são um grito de socorro que não podemos ignorar. Não podemos
olhar para o outro lado. Rezemos pelas mulheres que são vítimas de violência,
para que sejam protegidas pela sociedade e o seu sofrimento seja considerado e
escutado por todos”, disse o Papa.
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney
htp://domfernandorifan.blogspot.com.br/
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